Notícia
Estudo procura alternativas à quimioterapia e diagnóstico precoce de câncer de pulmão causado pelo amianto
Estudo clínico global terá início em 2021, incluindo a Universidade Flinders, na Austrália
Wikimedia Commons
Fonte
Universidade Flinders
Data
sábado, 21 novembro 2020 12:10
Áreas
Diagnóstico. Doenças Pulmonares. Oncologia.
Com mais de 650 australianos diagnosticados com mesotelioma maligno no ano passado, a Universidade Flinders, na Austrália, está liderando novas pesquisas para descobrir alternativas à quimioterapia e até mesmo prevenir mortes por detecção precoce da doença no futuro.
Uma nova abordagem, usando os benefícios terapêuticos naturais da curcumina, um componente-chave do açafrão-da-índia, será testada em um estudo clínico em 2021, como parte de uma pesquisa mundial.
Coincidindo com o Mês da Conscientização sobre o Amianto em novembro, os especialistas alertam que o alto número de casos pode persistir por anos, com centenas de casos a mais da doença mortal possível após latência de mais de 30 anos relacionados ao trabalho de diversas categorias de profissionais potencialmente expostos ao material.
Embora o amianto esteja proibido de ser usado em novos edifícios, muitas casas ainda contêm amianto, então a exposição durante as reformas é comum. A Austrália tem uma das taxas per capita mais altas de doenças relacionadas ao amianto do mundo.
Os pesquisadores da Universidade Flinders, liderados pela professora Dra. Sonja Klebe, estão estudando a segurança e a viabilidade do uso de uma forma de curcumina lipossomal intrapleural para beneficiar a sobrevida e a qualidade de vida do paciente – com menos efeitos colaterais tóxicos do que a quimioterapia.
“É por isso que é importante explorar terapias alternativas e facilitar o diagnóstico precoce para reduzir o sofrimento e apoiar medidas de intervenção precoce”, ressaltou a pesquisadora.
Da mesma forma, os pesquisadores estão procurando métodos diagnósticos precoces com um teste especial de fluido pulmonar drenado nos estágios iniciais . “Na maioria dos casos, o mesotelioma maligno não é diagnosticado até que esteja nos estágios finais. Esperamos encontrar uma maneira de testar a doença antes que ela se torne invasiva”, explicou a Dra. Sonja.
Pacientes com diagnóstico de mesotelioma maligno, o câncer causado pela exposição ao amianto, apresentam sobrevida insuficiente de 6 a 12 meses após o diagnóstico e sobrevida de cinco anos inferior a 5%. As opções terapêuticas são limitadas devido às altas taxas de resistência à quimioterapia e à idade avançada dos pacientes (idade média de 75 anos).
Com a pesquisa, espera-se que os tratamentos futuros tenham menos efeitos colaterais tóxicos do que a quimioterapia.
Recentemente, os pesquisadores publicaram avanços de seus estudos nas revistas científicas Pathology e Human Pathology.
Acesse o artigo científico completo publicado na revista Pathology (em inglês).
Acesse o resumo do artigo científico publicado na revista Human Pathology (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Flinders (em inglês).
Fonte: Universidade Flinders. Imagem: Carcinoma no pulmão com presença de amianto. Fonte: Wikimedia Commons.
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