Notícia
Startup de biotecnologia ajuda a detectar doenças em pessoas, animais e plantações
Startup de pesquisadores formados na USP usa testes para diagnósticos moleculares e sorológicos
Henrique Fontes/IQSC USP
Fonte
Jornal da USP
Data
terça-feira, 23 fevereiro 2021 11:00
Áreas
Biologia. Biomedicina. Biotecnologia. Diagnóstico. Empreendedorismo.
Por que não unir a experiência de uma empresa especializada na produção de diagnósticos de doenças humanas com a de outra focada no desenvolvimento de tecnologias para a detecção de patologias animais? Foi essa a pergunta que motivou cientistas de São Carlos a criarem a Prothera, empresa de biotecnologia fundada por pesquisadores formados ou com passagem pelo Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP). Com uma equipe multidisciplinar, composta de químicos, agrônoma, bióloga e farmacêutica-bioquímica, todos doutores ou mestres, a startup criada em 2020 ampliou seu ramo de atuação, passando a atender a demandas dos segmentos humano, animal e agrícola.
A Prothera nasceu a partir da fusão de duas startups: a Partecurae, especializada em técnicas diagnósticas sorológicas para animais e para o universo agro, e a Solve, que desenvolvia soluções diagnósticas moleculares para humanos.
“Nós já realizávamos alguns trabalhos em conjunto e, como as duas empresas trabalhavam com tecnologias diferentes e para públicos distintos, pensamos que seria interessante nos juntarmos para ter uma amplitude maior de atendimento e abrir nosso leque para o mercado”, contou a Dra. Regiane Travensolo, agrônoma, uma das sócias da Prothera e ex-pesquisadora do IQSC, onde realizou dois pós-doutorados.
Com a fusão das empresas, os serviços se tornaram mais completos e abrangentes, pois agora são desenvolvidos testes para diagnósticos moleculares e sorológicos tanto para animais como para pessoas, utilizando diferentes técnicas como Imunocromatografia, Elisa, Aglutinação, PCR convencional e em tempo real, LAMP, Microfluídica e biossensores.
Além disso, a Prothera também produz partículas de látex e ouro coloidal, que podem ser misturadas com proteínas e anticorpos para serem utilizadas em ensaios químicos e sorológicos. A startup ainda realiza testes personalizados para o controle de qualidade de empresas, bem como presta serviços específicos para a caracterização de amostras biológicas e desenvolvimento de processos.
Para atender a um nicho maior do mercado, a infraestrutura e a multidisciplinaridade do time Prothera são essenciais e conferem à empresa um diferencial em relação aos concorrentes.
“A maioria das empresas de biotecnologia foca um único mercado. Aqui não, temos uma variedade enorme. Somos procurados com demandas de todos os tipos, desde o desenvolvimento de testes para COVID-19 até novos dispositivos para detecção de doenças do camarão. Recentemente, também recebemos um contato buscando soluções para avaliação da qualidade do leite de vaca”, destacou Maria Angélica de Camargo, farmacêutica-bioquímica e sócia da empresa.
Conquistando cada vez mais o seu espaço, a Prothera pretende se consolidar rapidamente no mercado como uma referência na área, que é considerada nobre e motivante por Beatriz Bianchi, bióloga e sócia da empresa. “Saber que estamos ajudando a salvar vidas, desenvolvendo diagnósticos mais rápidos, parcerias na cidade e impactando de alguma forma é muito gratificante.”
O Dr. Thiago Segato, ex-aluno de doutorado do IQSC, que também realizou pós-doutorado no instituto e é sócio da Prothera, conta o que ele espera da atuação da startup para o futuro: “Espero que a gente nunca deixe de fazer pesquisa, pois trabalhar em busca da inovação e na fronteira do conhecimento é o sonho de qualquer pessoa que vem da área acadêmica. Vamos seguir com esse DNA de inovação, sabendo do grande peso que é a responsabilidade de trabalhar na área da saúde”, finalizou o especialista.
Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.
Fonte: Henrique Fontes, Assessoria de Comunicação do IQSC/USP e Jornal da USP. Imagem: Pesquisadora observa recipientes onde amostras de saliva são depositadas para avaliar a presença do coronavírus. Fonte: Henrique Fontes/IQSC USP.
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