Notícia

Inédita no mundo, pesquisa do HC-UFPE mostra eficiência de exame no baço para avaliar pacientes com esquistossomose

Estudo foi publicado na revista científica ‘Ultrasound in Medicine and Biology’

Divulgação

Fonte

Ebserh | Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Data

sexta-feira, 5 março 2021 07:55

Áreas

Diagnóstico. Saúde Pública.

O exame de Elastografia Esplênica (do baço) mostrou-se uma ferramenta confiável e não invasiva para avaliação do estado de saúde de pacientes com a esquistossomose mansônica, também conhecida como “barriga-d’-água” ou doença do caramujo. Isso foi o que mostrou o estudo publicado na revista científica Ultrasound in Medicine and Biology e desenvolvida por profissionais do Hospital das Clínicas e do Centro de Ciências Médicas da UFPE (HC-UFPE). O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

“Este exame, a elastografia, surgiu há cerca de 10 anos e é mais utilizado para medir a fibrose que ocorre no fígado nas doenças crônicas. Porém, a fibrose característica da esquistossomose, a periportal, não é tão bem mensurada pela elastografia. Mas quando fizemos esse exame no baço, o resultado foi muito bom. Este é um exame não invasivo e foi o primeiro no mundo feito em pacientes esquistossomóticos”, explicou o Dr. Edmundo Lopes, chefe do Serviço de Hepatologia do HC-UFPE, professor da UFPE e orientador da dissertação de mestrado “Avaliação da Rigidez Hepática e Esplênica por Elastografia em Pacientes com Esquistossomose Mansônica”, de autoria de Caroline Pereira.

Na esquistossomose, os resultados deste exame foram melhores no baço do que no fígado para explicar o agravamento da doença. “O estudo avaliou o grau da doença por Elastografia por Onda de Cisalhamento Hepática e Esplênica (pSWE) em 74 pacientes. O exame é objetivo e confiável ao apresentar um número de forma imediata e simples, diferente da ultrassonografia, que também detecta essa fibrose, mas que exige um operador mais experiente, sendo subjetivo. Se a gente consegue colocar um aparelho desse numa região endêmica, como a Zona da Mata de Pernambuco, dá para evitar o agravamento de quadros de esquistossomose”, relatou o professor Edmundo Lopes.

A esquistossomose começa sem sintomas e pode evoluir para formas clínicas graves (como hipertensão pulmonar e portal, fibrose periportal, barriga-d’-água, ruptura de varizes do esôfago e fibrose hepática), que podem levar o paciente ao óbito. O contágio acontece por meio de contato com águas contaminadas por larvas, chamadas cercarias.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Ebserh.

Fonte: Unidade de Comunicação Social HC-UFPE/Ebserh. Imagem: Divulgação.

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