Notícia
Fiocruz colabora com teste inovador canadense para zika
Sensibilidade e a especificidade do novo teste foram equivalentes ao PCR em tempo real, que hoje é o padrão ouro para a detecção desse e de outros vírus
Livia Guo, LSK Technologies
Fonte
Fiocruz | Fundação Oswaldo Cruz
Data
sexta-feira, 11 março 2022 11:00
Áreas
Biomedicina. Bioquímica. Biotecnologia. Diagnóstico. Doenças Infecciosas. Imunologia. Saúde Pública.
Artigo publicado na revista científica Nature Biomedical Engineering revelou o potencial do uso de biossensores sintéticos em testes rápidos, descentralizados e de baixo custo para diagnóstico de pacientes infectados com o vírus zika.
O estudo foi liderado por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, que desenvolveram os sensores e a plataforma digital portátil onde as amostras são processadas e contaram com a parceria de pesquisadores da Fiocruz Pernambuco na validação dessa técnica, usando amostras de pacientes do Recife (PE). Trata-se de um dos primeiros ensaios de campo a aplicar biologia sintética no diagnóstico viral em amostras de pacientes.
A sensibilidade e a especificidade do novo teste foram equivalentes ao PCR em tempo real, que hoje é o padrão ouro para a detecção desse e de outros vírus. A acurácia dos resultados ficou em 98,5%, com um total de 268 amostras de pacientes analisadas. Um importante avanço tecnológico do estudo foi o desenvolvimento do equipamento PLUM, que é o leitor de placas com temperatura controlada, portátil e de baixo custo (aproximadamente US$ 500 – cerca de R$ 2,5 mil), que funciona praticamente como um ‘laboratório em uma caixa’ e pode ser utilizado inclusive em regiões remotas e com poucos recursos.
O Dr. Lindomar Pena, pesquisador da Fiocruz Pernambuco e coordenador da etapa brasileira da pesquisa, destacou a abordagem inovadora da técnica utilizada, com redes de genes sintéticos, que não dependem de cultivo em células: “Trata-se de uma tecnologia revolucionária, que por meio dessa iniciativa pudemos incorporar ao conhecimento científico disponível no Brasil”, declarou. Como a plataforma é programável, poderá ser aplicada no reconhecimento de outros patógenos, inclusive o novo coronavírus, o que já é objeto de um novo estudo coordenado pelo pesquisador.
“Mostrar que a plataforma pode ser transportada e detectar de forma precisa o vírus zika em amostras de pacientes é um significativo passo à frente para a criação de testes mais acessíveis e descentralizados”, disse o Dr. Keith Pardee, professor da Universidade de Toronto e líder do projeto, que reúne cientistas de nove laboratórios, em cinco países (Canadá, Estados Unidos, Brasil, Colômbia e Equador).
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Fiocruz.
Fonte: Fiocruz Pernambuco e Universidade de Toronto. Imagem: Livia Guo, LSK Technologies.
Artigo publicado na revista científica Nature Biomedical Engineering revelou o potencial do uso de biossensores sintéticos em testes rápidos, descentralizados e de baixo custo para diagnóstico de pacientes infectados com o vírus zika.
O estudo foi liderado por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, que desenvolveram os sensores e a plataforma digital portátil onde as amostras são processadas e contaram com a parceria de pesquisadores da Fiocruz Pernambuco na validação dessa técnica, usando amostras de pacientes do Recife (PE). Trata-se de um dos primeiros ensaios de campo a aplicar biologia sintética no diagnóstico viral em amostras de pacientes.
A sensibilidade e a especificidade do novo teste foram equivalentes ao PCR em tempo real, que hoje é o padrão ouro para a detecção desse e de outros vírus. A acurácia dos resultados ficou em 98,5%, com um total de 268 amostras de pacientes analisadas. Um importante avanço tecnológico do estudo foi o desenvolvimento do equipamento PLUM, que é o leitor de placas com temperatura controlada, portátil e de baixo custo (aproximadamente US$ 500 – cerca de R$ 2,5 mil), que funciona praticamente como um ‘laboratório em uma caixa’ e pode ser utilizado inclusive em regiões remotas e com poucos recursos.
O Dr. Lindomar Pena, pesquisador da Fiocruz Pernambuco e coordenador da etapa brasileira da pesquisa, destacou a abordagem inovadora da técnica utilizada, com redes de genes sintéticos, que não dependem de cultivo em células: “Trata-se de uma tecnologia revolucionária, que por meio dessa iniciativa pudemos incorporar ao conhecimento científico disponível no Brasil”, declarou. Como a plataforma é programável, poderá ser aplicada no reconhecimento de outros patógenos, inclusive o novo coronavírus, o que já é objeto de um novo estudo coordenado pelo pesquisador.
“Mostrar que a plataforma pode ser transportada e detectar de forma precisa o vírus zika em amostras de pacientes é um significativo passo à frente para a criação de testes mais acessíveis e descentralizados”, disse o Dr. Keith Pardee, professor da Universidade de Toronto e líder do projeto, que reúne cientistas de nove laboratórios, em cinco países (Canadá, Estados Unidos, Brasil, Colômbia e Equador).
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Fonte: Fiocruz Pernambuco e Universidade de Toronto. Imagem: Livia Guo, LSK Technologies.
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