Notícia
A resposta imune ao Sars-CoV-2 pode representar um risco maior para mulheres grávidas do que o próprio vírus
Pesquisadores analisaram o sangue e o tecido placentário de 39 mães infectadas, bem como gestantes sem COVID-19 em diferentes estágios da gravidez
Getty Images
Fonte
Universidade Yale
Data
sexta-feira, 30 abril 2021 06:10
Áreas
Doenças Infecciosas. Imunologia. Saúde da Mulher.
Por razões ainda não conhecidas, mulheres grávidas infectadas com o vírus da COVID-19 têm maior probabilidade de ter partos prematuros, pré-eclâmpsia e outros problemas neonatais do que mulheres não infectadas.
Uma equipe de cientistas da Universidade Yale, nos Estados Unidos, decidiu investigar se o vírus poderia estar afetando o tecido placentário de grávidas infectadas. Na análise, eles descobriram que, embora a evidência do vírus na placenta seja rara, a placenta em mães infectadas tendia a exibir um nível muito mais alto de atividade do sistema imunológico do que em mulheres grávidas não infectadas. Os resultados foram publicados na revista científica Med.
“A boa notícia é que a placenta está construindo uma defesa robusta contra uma infecção muito distante, nos pulmões ou no tecido nasal”, disse a Dra. Shelli Farhadian, professora de Medicina Interna e Neurologia da Universidade Yale e coautora do artigo. “Por outro lado, o alto nível de atividade do sistema imunológico pode estar levando a outros efeitos deletérios na gravidez.”
A equipe chefiada pela Dra. Shelli Farhadian e pela Dra. Akiko Iwasaki, professora de Imunobiologia em Yale, analisou o sangue e o tecido placentário de 39 mães infectadas, bem como gestantes sem COVID-19 em diferentes estágios da gravidez. Embora tenham encontrado evidências do vírus em apenas duas amostras de tecido placentário, eles encontraram receptores ACE2 – que o vírus SARS-CoV-2 usa para entrar nas células – na placenta da maioria das mulheres durante o primeiro trimestre da gravidez. Esses receptores haviam desaparecido em grande parte em mulheres saudáveis em estágios posteriores da gravidez.
“É muito importante monitorar de perto as mulheres grávidas que foram infectadas no início da gravidez”, disse a Dra. Shelli Farhadian.
A atividade do sistema imunológico na placenta durante infecções como a COVID-19 não foi amplamente estudada e não se sabe se outros tipos de infecções se comportariam de forma semelhante ao SARS-CoV-2, concluiu a pesquisadora.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Yale (em inglês).
Fonte: Bill Hathaway, Universidade Yale. Imagem: Getty Images.
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