Notícia

Brasil terá primeiro complexo laboratorial de máxima contenção biológica do mundo conectado a uma fonte de luz síncrotron

Projeto do CNPEM, financiado pelo FNDCT, prevê as primeiras instalações de pesquisa da América Latina com o mais alto nível de biossegurança, o nível 4

Divulgação, CNPEM

Fonte

CNPEM | Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais

Data

quarta-feira, 30 agosto 2023 14:30

Áreas

Biologia. Bioquímica. Biotecnologia. Desenvolvimento de Fármacos. Engenharia Biológica. Laboratórios. Luz Síncrotron. Microbiologia. Proteômica. Vigilância Sanitária.

O Brasil será o primeiro país da América Latina a ter um laboratório de máxima contenção biológica, conhecido como NB4 – abreviação para nível de biossegurança 4, e o primeiro do mundo conectado a uma fonte de luz síncrotron. Com isso, se juntará aos diversos países que dispõem de condições para lidar com patógenos que podem causar doenças graves, incluindo os que podem vir a surgir.

O projeto do complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos é de responsabilidade do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que desenvolveu, e que hoje opera, uma das três fontes de luz síncrotron de quarta geração do mundo, o Sirius.

Financiado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do MCTI, o projeto acaba de entrar para o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal. O Programa é composto por um conjunto de ações de ordem pública e privada com o objetivo de acelerar o crescimento do país.

O novo complexo laboratorial terá cerca de 20 mil metros quadrados, será construído no campus do CNPEM, em Campinas-SP, e incluirá uma proposta inédita na história dos síncrotrons e dos laboratórios de biossegurança em todo o mundo: uma conexão com três linhas de luz do Sirius. Devido a esta conexão, o Projeto recebeu o nome Orion, em homenagem à constelação que possui três estrelas apontadas para a estrela Sirius.

Além de instalações laboratoriais em NB3 e NB4 e das estações de pesquisa com técnicas de luz síncrotron, Orion deve ainda reunir laboratórios de pesquisa básica, técnicas analíticas e competências avançadas para imagens biológicas, como microscopias eletrônicas e criomicroscopia.

A estrutura, que deverá ser certificada internacionalmente, possibilitará condições para pesquisas sobre doenças causadas por patógenos das classes 3 e 4, ou seja, capazes de causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade. O Projeto também contribuirá para a formação de recursos humanos no Brasil a serem capacitados para lidar com agentes infecciosos desse tipo. Os requisitos e os programas científicos do Projeto vêm sendo estruturados a partir do debate com diversas entidades de pesquisa e saúde do país, envolvendo pesquisadores da comunidade científica nacional e internacional, além de órgãos públicos, como o Ministério da Saúde.

O projeto orçado em cerca de 1 bilhão de reais, incluindo recursos humanos, deve ser instalado até 2026. Concluída a fase de construção, o complexo passará pelas fases de comissionamento técnico e científico e de certificações internacionais de segurança, para que então possa entrar em operação regular.

“Esse investimento renova o reconhecimento do MCTI e do Governo Federal pelo valor estratégico dos projetos que o CNPEM vem desenvolvendo ao longo de tantos anos. Estamos trabalhando para fortalecer o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação através da disponibilização de infraestruturas competitivas para dar respostas aos mais desafiadores problemas que a sociedade enfrenta atualmente e para aqueles que ainda estão por vir”, avaliou o Dr. Antonio José Roque da Silva, Diretor-Geral do CNPEM.

Acesse a notícia completa na página do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais.

Fonte: CNPEM. Imagem: projeção conceitual do novo complexo laboratorial Orion, integrado ao Sirius. Fonte: Divulgação, CNPEM.

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