Notícia
Cientistas da UFMT desenvolvem biomembrana para reparo de lesões na pele
Formula da biomembrana contém borracha natural e própolis
Dra. Paula Cristina de Souza Souto
Fonte
FAPEMAT | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso
Data
quinta-feira, 10 dezembro 2020 06:35
Áreas
Bioquímica. Dermatologia. Fitoterapia. Inovação.
Um projeto de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (FAPEMAT) estuda produtos naturais para o reparo e cicatrização de lesões na pele. A pesquisa é coordenada pela doutora em genética e biologia molecular, Paula Cristina de Souza Souto, do Campus Universitário do Araguaia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Os resultados do estudo mostraram que a biomembrana vegetal é segura como curativo para úlceras cutâneas (feridas). A grande ocorrência mundial de feridas cutâneas, tais como queimaduras, continua alta, com milhares de pessoas sofrendo com sequelas físicas, psicológicas e com as consequências sociais que esse tipo de lesão pode causar.
O projeto intitulado Desenvolvimento e Caracterização de Membranas de Látex de Hevea Brasiliensis e Própolis Scaptotrigona Polysticta para Tratamento de Queimaduras busca produtos naturais de origem animal ou vegetal que possuam propriedades com ação cicatrizante e antimicrobiana em lesões de pele, preparando biomembranas de borracha natural (derivada do látex de seringueira) associadas à própolis de abelhas sem ferrão, conhecida como Bijuí.
O tratamento tópico ideal para lesão provocada por queimadura seria aquele que, ao mesmo tempo, controla o crescimento bacteriano, remove o tecido desvitalizado e estimula o crescimento do novo tecido. Até agora, estas três funções não se encontram em um mesmo curativo.
A inovação proposta pela pesquisa foi o desenvolvimento de uma biomembrana com a associação de dois componentes, látex e própolis, típicos da biodiversidade do Estado de Mato Grosso.
Com os resultados da pesquisa foi possível desenvolver biomembranas com características físico-químicas que indicam que podem ser utilizadas para o tratamento de queimadura. Estudos em animais apontam que as biomembranas se mostraram eficientes, pois aceleraram o processo de cicatrização sem a necessidade frequente de troca do curativo. Além disso, o processo inflamatório, que acontece em todo processo de cicatrização, foi controlado, o que indica uma possível cicatrização da pele sem a formação extensiva de cicatrizes.
Tendo em vista a necessidade de tratamentos mais práticos e eficazes das queimaduras, a membrana de látex associada ao própolis apresentou resultados promissores para o uso na medicina.
Acesse a notícia completa na página da FAPEMAT.
Fonte: Widson Ovando, FAPEMAT. Imagem: Avaliação Antifúngica. Fonte: Dra. Paula Cristina de Souza Souto.
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