Notícia

Cientistas descobrem nova proteína que pode melhorar tratamentos de fertilidade

Nova proteína ajuda espermatozoide a se juntar a um óvulo e é importante no processo de fertilização humana

geralt via Pixabay

Fonte

Universidade de Sheffield

Data

segunda-feira, 12 setembro 2022 18:35

Áreas

Biologia. Biotecnologia. Fertilidade. Medicina. Ginecologia.

Um nova proteína, chamada MAIA – em homenagem à deusa grega da maternidade – pode ser crucial para ajudar os médicos a entender melhor alguns aspectos da infertilidade e desenvolver novos tratamentos. Atualmente, a infertilidade é inexplicável em mais da metade das pessoas que não conseguem conceber naturalmente.

No primeiro estudo desse tipo, uma equipe internacional de pesquisadores liderada pela Universidade de Sheffield, no Reino Unido, criou ‘óvulos artificiais’ na forma de ‘contas’. Cada um desses ‘óvulos artificiais’ tinha um pedaço diferente de proteína em sua superfície para que o espermatozoide pudesse se ligar a ele.

Quando os espermatozoides foram incubados com os ‘óvulos artificiais’, os cientistas descobriram que apenas um pequeno número de ‘óvulos’ tinha espermatozoides ligados a eles. Depois de várias rodadas meticulosas para remover quaisquer ‘óvulos’ que não tivessem espermatozoides ligados a eles, os pesquisadores acabaram ficando com os ‘óvulos artificiais’ correspondentes a uma proteína em particular – a MAIA – e espermatozoides ligados a todos esses ‘óvulos’.

O gene correspondente à proteína MAIA foi então inserido em cultura de células humanas, e estas se tornaram receptivas aos espermatozoides da mesma forma que durante o processo natural de fertilização. As descobertas, publicadas na revista Science Advances, revelaram que, durante o processo, a proteína MAIA é a responsável por atrair o espermatozoide para o óvulo para fertilização.

O professor Dr. Harry Moore, pesquisador principal do estudo na Escola de Biociências da Universidade de Sheffield, disse: “A infertilidade é inexplicável em mais da metade das pessoas que lutam para conceber naturalmente. O que sabemos sobre fertilidade em humanos tem sido severamente limitado por preocupações éticas e pela falta de óvulos para pesquisa. A engenhosa técnica de fertilização artificial que nos permitiu identificar a proteína MAIA não apenas permitirá que os cientistas entendam melhor os mecanismos da fertilidade humana, mas também abrirá caminho para novas maneiras de tratar a infertilidade e revolucionar o design de futuros contraceptivos”.

As descobertas podem ajudar a confirmar a teoria de que alguns espermatozoides podem não ser compatíveis com alguns óvulos. Os pesquisadores agora planejam explorar se os espermatozoides de diferentes indivíduos se ligam à proteína de maneira diferente.

“Esta descoberta da proteína MAIA é um grande passo em frente na forma como entendemos o processo da fertilização humana. Teria sido quase impossível descobrir sem o uso de ‘óvulos artificiais’ para replicar a superfície de óvulos humanos, pois simplesmente não conseguiríamos obter óvulos suficientes para fazer o experimento. Um caso clássico de pensar fora da caixa”, concluiu o professor Dr. Allan Pacey, coautor do estudo e chefe dos Departamentos de Oncologia e Metabolismo e Infecção, Imunidade e Doenças Cardiovasculares da Universidade de Sheffield.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Sheffield (em inglês).

Fonte: George Dean, Universidade de Sheffield. Imagem: geralt via Pixabay.

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