Notícia

Descoberta pode ajudar a reduzir a insuficiência renal em pessoas com doença renal diabética

Fonte

Universidade Monash

Data

segunda-feira, 28 outubro 2019 09:05

Áreas

Bioquímica. Farmacologia. Saúde Pública.

Uma nova descoberta tem o potencial de retardar a progressão da doença renal em pessoas com diabetes. Pesquisadores da Escola Clínica Central da Universidade Monash, na Austrália, descobriram que um medicamento que já foi testado em outras doenças inflamatórias pode diminuir a lesão renal causada pelo diabetes.

Liderado pela professora Dra. Melinda Coughlan, do Departamento de Diabetes, o estudo de cinco anos é uma colaboração entre a CCS, a Escola de Ciências Biomédicas da Universidade de Queensland e o Departamento de Medicina da Universidade de Melbourne.

O grupo descobriu inicialmente que uma via chave do sistema imunológico, chamada via do complemento – que geralmente protege o corpo contra infecções – estava hiperativada e causava inflamação em pessoas com doença renal diabética. A equipe da professora Coughlan descobriu que esse caminho poderia ser interrompido com um medicamento desenvolvido pelo professor Dr. Trent Woodruff, da Escola de Ciências Biomédicas da Universidade de Queensland.

Através de testes colaborativos em camundongos com diabetes e em células renais humanas, eles puderam ver que o medicamento ajudou a apoiar a função normal das mitocôndrias no rim – conhecidas como “baterias da célula” – que não funcionam adequadamente nas pessoas com diabetes. O professor Coughlan disse que sua descoberta, publicada na revista científica Diabetes no último dia 18 de outubro, pode levar a uma terapia para retardar ou prevenir a insuficiência renal em pessoas com doença renal diabética.

“Estamos dizendo que este é um novo elo entre o sistema imunológico e as mitocôndrias, que também pode ajudar pacientes com doença renal diabética, melhorando a saúde mitocondrial – para que possa proteger o rim em pacientes com diabetes”, disse a professora Melinda Coughlan. A professora Coughlan disse que, embora a descoberta não seja uma cura ou prevenção para o diabetes, ela pode trazer enormes benefícios financeiros e à saúde.

“Achados como esse se tornarão importantes para gerenciar a saúde das pessoas com diabetes. O ônus econômico do diabetes é enorme, e isso poderia ajudar a reduzí-lo ”, concluiu a especialista.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Unviersidade Monash (em inglês).

Fonte: Julia Veith, Universidade Monash. Imagem: Freepik.

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