Destaque

Spin-off da Unicamp desenvolve teste que sinaliza resposta a antipsicóticos

Fonte

Jornal da Unicamp

Data

quinta-feira. 12 maio 2022 06:10

Um exame de sangue comum, processado a partir da técnica de lipidômica, pode ajudar a sinalizar precocemente a resposta de pacientes diagnosticados com esquizofrenia a diferentes tratamentos com antipsicóticos. O método resultou de um estudo desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

A pesquisa, coordenada pelo Dr. Daniel Martins de Souza, professor do Instituto de Biologia da Unicamp (IB-Unicamp), identificou um conjunto de biomarcadores associados à melhora dos sintomas em resposta a três antipsicóticos atípicos da segunda geração de remédios para sintomas da esquizofrenia.

“A vantagem dessa tecnologia está na simplicidade da preparação da amostra e na rapidez da leitura. Os resultados do exame podem ficar prontos no mesmo dia e servir de parâmetro na prescrição do melhor tratamento desde o momento do diagnóstico”, explicou o pesquisador.

Os resultados foram protegidos pela Agência de Inovação Inova Unicamp. O novo método foi licenciado em 2021 para a Quarium, uma spin-off da Unicamp. A empresa busca agora viabilizar comercialmente o exame, que identifica precocemente a resposta ao tratamento com antipsicóticos, possibilitando um prognóstico personalizado e mais preciso.

A esquizofrenia é um dos mais graves transtornos psiquiátricos e afeta aproximadamente 24 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 1,6 milhão de pessoas convivem com essa condição mental crônica e incapacitante, sem cura conhecida. Os sintomas incluem delírios e alucinações em períodos críticos, os quais podem ser controlados com medicações. Uma das dificuldades enfrentadas pelos pacientes está na adaptação à terapia, que pode levar de quatro a seis semanas.

A literatura científica mostra que aproximadamente 40% dos pacientes não respondem adequadamente à medicação e cerca de 60% abandonam o tratamento devido aos efeitos colaterais. Com isso, suas funções cognitivas e relacionadas ao humor podem não melhorar, comprometendo a recuperação e afastando os indivíduos do convívio social.

“A resposta à medicação é crucial desde o diagnóstico, pois o paciente que não melhora ou não tolera os efeitos colaterais de determinado antipsicótico pode ter novos surtos psicóticos e registrar declínio cognitivo irrecuperável, à medida que a doença evolui”, explicou Licia da Silva Costa, fundadora da startup Quarium.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da Unicamp.

Fonte: Ana Paula Palazi, Agência Inova Unicamp.

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