Notícia
Em Princeton, pesquisadores desenvolvem tecnologia para entrega de vacinas e medicamentos biológicos em temperatura ambiente
Solução para o desafio da ‘cadeia fria’ pode tornar as vacinas e terapias mais amplamente disponíveis para os pacientes
MasterTux via Pixabay
Fonte
Universidade Princeton
Data
sexta-feira, 28 janeiro 2022 19:15
Áreas
Biotecnologia. Distribuição de Fármacos. Logística. Vacinas.
Uma tecnologia liderada pela Universidade Princeton, nos Estados Unidos, para melhorar o armazenamento e o transporte de vacinas e medicamentos que salvam vidas à temperatura ambiente foi selecionada como uma das três inovações universitárias a receber financiamento para desenvolvimento adicional do University City Science Center, com sede na Filadélfia, EUA.
A inovação, um sistema para desidratação rápida em temperatura ambiente de vacinas e biofármacos, usa aerossóis de gotículas ultrafinas para converter vacinas e medicamentos em forma seca, eliminando a necessidade de refrigeração ou congelamento dispendiosos. A tecnologia foi desenvolvida em Princeton por Maksim Mezhericher, em colaboração com o Dr. Howard Stone, professor de Engenharia Mecânica e Aeroespacial em Princeton.
A tecnologia da equipe de Princeton tem o potencial de reduzir o custo e melhorar a confiabilidade de vacinas e medicamentos biológicos, incluindo várias terapias contra o câncer, que são sensíveis à temperatura porque contêm componentes derivados de organismos vivos. Durante o transporte e distribuição, tais terapêuticas devem ser transferidas de um refrigerador ou freezer para outro, circulando em uma ‘cadeia fria’.
As soluções para o desafio da ‘cadeia fria’ podem tornar as vacinas e terapias mais amplamente disponíveis para os pacientes. Em 2019, 45% das novas aprovações de medicamentos pela agência regulatória FDA foram relativas a produtos sensíveis à temperatura. Em 2020, a receita global total de produtos farmacêuticos da cadeia fria foi superior a US$ 340 bilhões (cerca de R$ ).
O processo também pode reduzir os custos de manutenção e os requisitos de espaço associados a equipamentos caros de refrigeração e diminuir a necessidade de treinar funcionários para trabalhar com terapias sensíveis à temperatura.
A tecnologia de desidratação envolve a aplicação de uma técnica de atomização patenteada para criar gotículas submicroscópicas que são 10 a 1.000 vezes menores do que as geradas por bicos e nebulizadores comerciais. Em comparação com as abordagens existentes, a tecnologia da equipe de Princeton é mais simples, mais rápida, mais escalável e de custo mais baixo, envolvendo um consumo de energia muito menor e menos impacto ambiental.
“Estamos muito empolgados em continuar desenvolvendo nossa tecnologia inovadora, que acreditamos ter o potencial de melhorar muito a capacidade de medicamentos e vacinas vitais para alcançar as pessoas que precisam deles, especialmente em áreas remotas onde é difícil manter temperaturas frias”, destacou Maksim Mezhericher.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Princeton (em inglês).
Fonte: Catherine Zandonella, Universidade Princeton. Imagem: MasterTux via Pixabay.
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