Notícia

Enzima pode ser novo alvo para drogas anti-malária

Estudo recente de inibidores enzimáticos revelou novas rotas potenciais para medicamentos contra a malária

Adrian Goldmanin Tutkimusryhma

Fonte

Universidade de Helsinki

Data

segunda-feira, 3 junho 2019 14:55

Áreas

Farmacologia. Bioquímica.

Estudo realizado em colaboração entre pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, e da Universidade de Helsinque, na Finlândia, analisou as enzimas que são importantes nas plantas em climas frios, secos e salinos. Essas enzimas também são importantes no ciclo de vida de parasitas protozoários – como os que causam a malária e a toxoplasmose. A toxoplasmose  pode estar conectada à esquizofrenia e outras doenças mentais. A malária, por outro lado, infecta cerca de 250 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, causando cerca de 500.000 mortes a cada ano. O aquecimento global levará o vetor do mosquito da malária a ressurgir até o norte da Inglaterra até 2050 – e a resistência à droga de primeira linha, a artemisinina, está surgindo.

Os cientistas conseguiram mostrar que o mecanismo dessas enzimas é mais complicado do que se pensava anteriormente. Cada enzima é um dímero, e a equipe de cientistas foi capaz de descobrir que ambos os lados do dímero trabalham em conjunto em um mecanismo de empurrar-puxar. Ao impedir que isso acontecesse, eles descobriram novos inibidores e uma nova maneira de obstruir essas enzimas.

Os novos inibidores ainda não funcionam contra os parasitas protozoários, mas os cientistas descobriram compostos que poderiam ser inibidores potenciais para ajudar a combater doenças.

O Dr. Adrian Goldman, autor sênior do estudo, comentou: “Isso mostra quão importante é a serendipidade [fato de descobrir algo importante por acaso]. Nós projetamos nosso inibidor, ATC, para fazer uma coisa – mas ele faz algo completamente diferente e muito mais interessante”.

Embora seja sabido que outras enzimas desta família bombeiam tanto prótons quanto íons de sódio, não se sabe ao certo como. No entanto, graças a esta pesquisa, os pesquisadores pensam que agora podem compreender o fenômeno. Um mecanismo “empurre-me-puxa-o” explica tudo. O lado que “puxa” bombearia um próton, de modo que o lado que “empurra” pudesse bombear um sódio, e assim por diante.

O professor Adrian Goldman, da Escola de Ciências Biomédicas da Universidade de Leeds, liderou a pesquisa em colaboração com o professor Dr. Jari Yli-Kauhaluoma, o professor Dr. Henri Xhaard e o Dr. Seppo Meri, da Universidade de Helsinque.

O estudo foi publicado na revista científica Science Advances.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Helsinki (em inglês).

Fonte: Universidade de Helsinki. Imagem: Adrian Goldmanin Tutkimusryhma.

 

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