Notícia
Estresse celular pode causar quimiorresistência em células cancerígenas
Tecnologias pós-genômicas revelam novo mecanismo de quimiorresistência induzida por estresse
NIH via Flickr
Fonte
Universidade de Viena
Data
quarta-feira, 10 junho 2020 18:55
Áreas
Biologia Celular e Molecular. Bioquímica. Genômica. Oncologia.
A resistência das células cancerígenas aos agentes terapêuticos é uma das principais causas de falha do tratamento, principalmente em doenças recorrentes. Uma equipe internacional liderada pelos bioquímicos Dr. Robert Ahrends, da Universidade de Viena, na Áustria, e Dr. Jan Medenbach, da Universidade de Regensburg, na Alemanha, identificou um novo mecanismo de quimiorresistência celular. Os resultados foram publicados na revista científica Nature Communications. O mecanismo é impulsionado pela resposta de uma proteína desdobrada, uma via de resposta ao estresse celular que altera a expressão gênica e o metabolismo celular para promover a adaptação e a sobrevivência celular após o acúmulo de proteínas desdobradas.
Existe uma ampla gama de mecanismos associados à quimiorresistência, muitos dos quais até o momento são pouco compreendidos. A chamada resposta celular ao estresse – um conjunto de fatores genéticos que permitem que as células sobrevivam sob condições estressantes – desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de inúmeras doenças e na quimiorresistência. Portanto, é urgentemente necessário um melhor entendimento das vias de resposta ao estresse celular para desenvolver novos conceitos terapêuticos para superar a quimiorresistência. “Nesse contexto, empregamos abordagens analíticas abrangentes para obter uma visão profunda e molecular da resposta das proteínas desdobradas, uma reação de estresse celular induzida por proteínas desdobradas”, disse o professor Robert Ahrends, que é líder do grupo no Departamento de Química Analítica da Faculdade de Química da Universidade de Viena.
Proteínas desdobradas causam estresse e doenças
A Resposta a Proteínas Desdobradas (UPR, da sigla em inglês) contribui para o desenvolvimento e progressão do câncer e desempenha um papel importante em doenças como diabetes e distúrbios neurodegenerativos. Para o estudo das características biológicas moleculares da UPR, os pesquisadores aplicaram ferramentas analíticas de última geração no contexto de uma abordagem multiômica, combinando grandes conjuntos de dados de genética, proteômica e metabolômica. Isso permitiu aos pesquisadores definir uma lista abrangente de genes que são ativados para promover a sobrevivência celular sob estresse.
“Além dos fatores previamente conhecidos, identificamos para nossa surpresa numerosos genes que não foram implicados anteriormente nas vias de resposta ao estresse e muitos deles têm funções-chave no desenvolvimento do câncer e no metabolismo celular”. explicaram os pesquisadores.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Viena (em inglês).
Fonte: Alexandra Frey, Unviersidade de Viena. Imagem: Célula de Osteosarcoma. Fonte: NIH via Flickr
Em suas publicações, o Canal Farma da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Canal Farma tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Canal Farma e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Farma, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Por favor, faça Login para comentar