Notícia
Fapero apoia a primeira patente de fármaco anti-leishmaniose e dispõe de R$ 1,4 milhão para pesquisas em saúde pública
A Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (FAPERO) obteve R$ 1,4 milhão que serão aplicados em custeio e investimentos no Programa de Pesquisas para o Sistema Único de Saúde durante 2019
Rondônia pediu e obteve o patenteamento de um fármaco anti-leishmaniose obtido da serpente Crotalus durissus terrificus [espécie de cascavel que também habita a região amazônica]. Fomentado pela Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (FAPERO), o trabalho foi desenvolvido pela equipe do pós-doutor em Biociências Aplicadas à Farmácia, Dr. Roberto Nicolete, da Fundação Oswaldo Cruz-RO.
Desde 2013 a equipe do Dr. Roberto Nicolete avalia a eficácia e efeitos toxicológicos da crotamina (CTA) isolada da cascavel.
Estudos in vitro possibilitaram combinações de droga, citotoxidade dos tratamentos sobre células, e as duas combinações mais eficazes de cada droga foram avaliadas acerca da inibição do crescimento de amastigotas, produção de NO [óxido nítrico] por reação de Griess e diferentes citocinas por ELISA [do inglês Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay).
In vivo, a combinação das drogas com CTA mostrou-se mais eficaz que as drogas isoladas na contagem de parasitos nos tecidos, revelou o estudo. A medida das massas dos órgãos não sugerem megalias [aumento ou desenvolvimento anormal de um órgão ou parte dele], no entanto, a bioquímica do soro dos animais demonstra aumento de enzimas hepáticas e musculares sem apresentar toxidade.
“A associação da crotamina mostra-se um promissor caminho para tratamentos antileishmania”, considerou o Dr. Roberto Nicolete.
Novos projetos
Na esteira deste desenvolvimento, a FAPERO está investindo R$ 1,4 milhão em novas propostas, que atendem a duas chamadas: uma de R$ 1 milhão, outra de R$ 400 mil. A primeira já contemplou, por exemplo, a aquisição de um termociclador (PCR), aparelho de laboratório mais utilizado para amplificar segmentos de DNA através da reação em cadeia da polimerase.
De 11 propostas recomendadas, nove são para contratação e duas estão na suplência. O resultado do julgamento do PPSUS na 1ª chamada aprovou os seguintes trabalhos de profissionais da saúde:
CATEGORIA A
- Identificação clínica e laboratorial das principais arboviroses circulantes em Porto Velho {Alcione de Oliveira Santos, Fiocruz-RO].
- Tratamento de envenenamento por serpentes: implementação de terapias coadjuvantes à soroterapia convencional, utilizando fotobiomodulação (LED) e nanocorpos [Juliana Pavan, Fiocruz-RO].
- Resistência aos antimicrobianos de isolados de Acinetobacter Spp E da Família Enterobacteriaceae: identificação e mapeamento do perfil dos genes codificadores de Esbl, Carbapenemases e Metalo-B-Lactamases [Kátia Fernanda Alves Moreira, Unir],
- Estruturas de Governança para mitigação de conflitos e judicialização no SUS em municípios de Rondônia [Osmar Siena, Unir].
- Aspectos epidemiológicos como proposição de vigilância e controle da Leishmaniose tegumentar em municípios do Estado de Rondônia
CATEGORIA B
- Reposicionamento de fármacos antimaláricos e estudo de combinações in vitro e in vivo sobre Leishmania spp [Daniel Sol Sol de Medeiros].
- Estudo de associação entre a contaminação por metilmercúrio e tumores cerebrais [Jonathan de Sousa Pereira, Unir].
- Vigilância febril indireta utilizando o vetor Culicoides (Ceratopogonidae): primeira investigação para febre Oropouche no Estado de Rondônia [Luís Paulo Costa de Carvalho, Fiocruz-RO].
Acesse a notícia completa na página da FAPERO.
Fonte: Gaia Bentes, FAPERO. Imagem: Secom, FAPERO.
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