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Maior estudo global de segurança de vacinas incluiu 99 milhões de pessoas

Rede Global de Dados de Vacinas, sediada na Universidade de Auckland, utiliza vastos conjuntos de dados para detectar potenciais sinais de segurança de vacinas

Freepik

Fonte

Universidade de Auckland

Data

quinta-feira, 22 fevereiro 2024 18:05

Áreas

Bioética. Biomedicina. Biotecnologia. Doenças Infecciosas. Estudo Clínico. Farmacologia. Imunologia. Indústria Farmacêutica. Saúde Pública. Vacinas.

A Rede Global de Dados de Vacinas (GVDN) avaliou 13 condições médicas neurológicas, sanguíneas e cardíacas para verificar se havia um risco maior de ocorrência dessas condições após receber uma vacina contra a COVID-19 no último dos oito estudos da Global COVID Vaccine Safety (Projeto GCoVS).

Publicado recentemente na revista científica Vaccine, o estudo de taxas observadas versus taxas esperadas incluiu 99 milhões de pessoas (acompanhamento de mais de 23 milhões de pessoas-ano) de 10 locais colaboradores em oito países. O estudo identificou os sinais de segurança pré-estabelecidos para miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e pericardite após vacinas de mRNA e síndrome de Guillain-Barré e trombose do seio venoso cerebral (tipo de coágulo sanguíneo no cérebro) após vacinas de vetor viral.

Foram identificados possíveis sinais de segurança para mielite transversa (inflamação de parte da medula espinhal) após vacinas de vetor viral e encefalomielite disseminada aguda (inflamação e inchaço no cérebro e na medula espinhal) após vacinas de vetor viral e mRNA.

Até agora, essas descobertas foram investigadas pela GVDN em Victoria, na Austrália. O estudo e resultados estão descritos no artigo científico e os resultados estão disponíveis para revisão pública nos painéis de dados interativos da GVDN.

Análises observadas versus esperadas são usadas para detectar possíveis sinais de segurança da vacina. Estes estudos analisam todas as pessoas que receberam uma vacina e examinam se existe um risco maior de desenvolver uma condição médica em vários períodos de tempo após a vacinação, em comparação com um período antes da vacina estar disponível.

A Dra. Kristýna Faksová, autora principal do estudo e pesquisadora do Departamento de Pesquisa Epidemiológica do Statens Serum Institut, na Dinamarca, observou que o uso de um protocolo comum e a agregação dos dados por meio do GVDN tornam possíveis estudos como este. “O tamanho da população neste estudo aumentou a possibilidade de identificar raros sinais potenciais de segurança da vacina. É improvável que locais ou regiões individuais tenham uma população grande o suficiente para detectar sinais muito raros”, disse a pesquisadora.

O Dr. Steven Black, codiretor da GVDN, destacou: “A GVDN apoia um esforço global coordenado para avaliar a segurança e a eficácia das vacinas, para que as questões sobre vacinas possam ser abordadas de uma maneira mais rápida, eficiente e econômica. Temos uma série de estudos em andamento para desenvolver nossa compreensão das vacinas e como entendemos a segurança das vacinas usando big data”.

A Dra. Helen Petousis-Harris, também codiretora da GVDN, ressaltou: “Ao disponibilizar publicamente os painéis de dados, podemos apoiar uma maior transparência e comunicação mais fortes para o setor de saúde e o público”.

O Projeto GCoVS foi possível com o apoio dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA para permitir a comparação da segurança das vacinas em diversas populações globais.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Auckland (em inglês).

Fonte: Universidade de Auckland. Imagem: Freepik.

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