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Medicamentos para diabetes podem salvar milhares de vidas

Fonte

Universidade de Manchester

Data

Áreas

Estudo Clínico. Farmacologia. Metabolismo. Saúde Pública.

Uma nova pesquisa ligou dois tipos de medicamentos para diabetes menos prescritos com menores chances de problemas cardíacos potencialmente fatais – incluindo ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e derrame – em pessoas com diabetes tipo 2 sem doença cardíaca estabelecida. O estudo – liderado por cientistas da Universidade de Manchester e da Universidade de Manchester NHS Foundation Trust (MFT), foi publicado na revista científica Diabetes Care.

Diferentes medicamentos estão disponíveis para pessoas com diabetes tipo 2, e todos funcionam de maneiras diferentes para diminuir os níveis de glicose no sangue. A equipe do estudo analisou dois tipos mais novos de medicamentos chamados inibidores de SGLT2 e agonistas do receptor de GLP-1 (GLP-1RAs).

Eles compararam o risco de problemas cardíacos ou derrames graves em pessoas com diabetes tipo 2 ao usar os tratamentos de diabetes mais recentes com o risco em pessoas que usam terapias mais tradicionais, como metformina e sulfonilureias.

Os pesquisadores mostraram que as chances de desenvolver insuficiência cardíaca foram 51% menores para pessoas que usam inibidores de SGLT2, 18% menores para usuários de GLP-1RAs e 57% menores para pessoas que usam ambas as drogas. As chances de ter um ataque cardíaco ou derrame foi 18% menor para inibidores de SGLT2, 7% menor para GLP-1RAs e 30% menor para eles administrados em combinação.

Embora os inibidores de SGLT2 tenham sido licenciados desde 2012 e as terapias GLP-1RA desde 2005, os médicos prescrevem rotineiramente terapias mais tradicionais para o controle do diabetes, que têm efeitos neutros ou modestos na redução do risco de problemas cardíacos.

Os pesquisadores concluíram que o custo, as práticas regulares de prescrição e a ênfase limitada nas diretrizes atuais de gerenciamento clínico podem explicar por que essas classes de medicamentos são menos prescritas rotineiramente.

Ensaios clínicos sobre a eficácia dos novos medicamentos envolveram principalmente pessoas com diabetes tipo 2 que apresentam alto risco de doença cardíaca. Mas o novo estudo se concentrou em pessoas com menor risco, que representam dois terços das pessoas com diabetes tipo 2.

O estudo, financiado pela Diabetes UK, foi uma colaboração entre pesquisadores da Universidade de Manchester  e do King’s College de Londres, Universidade de Liverpool, Universidade de Keele e da Universidade de Glasgow.

“Este estudo contribui para a base de evidências sobre a eficácia de diferentes medicamentos para o diabetes tipo 2 na proteção contra complicações cardiovasculares graves. No entanto, continua sendo essencial que os profissionais de saúde tomem decisões de cuidados individuais ao oferecer opções de tratamento, pois nem todos os medicamentos são adequados para todos com diabetes tipo 2”, concluiu a Dra. Faye Riley, da Diabetes UK.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Manchester (em inglês).

Fonte: Michael Addelman, Universidade de Manchester. Imagem: Portal farma t4h.

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