Notícia
Nos Estados Unidos, FDA aprova novos recursos contra a COVID-19: testes de baixo custo que podem ser feitos em casa
O teste Abbott BinaxNOWTM COVID-19, de venda livre e que não precisa de receita, foi um dos dois a receber a aprovação da agência reguladora FDA na última semana
Divulgação, Abbott
Fonte
Universidade Harvard
Data
quarta-feira, 7 abril 2021 07:10
Áreas
Diagnóstico. Doenças Infecciosas. Saúde Pública.
A agência reguladora Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, aprovou novos testes de baixo custo para o novo coronavírus nesta última semana, adicionando uma arma potencialmente poderosa ao arsenal de combate à pandemia que, dizem os especialistas, provavelmente ainda será necessário, apesar do aumento do número de vacinados. Os testes podem ser feitos em casa e sem a necessidade de receita.
O Dr. Michael Mina, professor de epidemiologia na Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, convocou reguladores federais durante grande parte do ano passado para liberar os testes rápidos de antígeno, argumentando que o uso generalizado e frequente do diagnóstico tem o potencial de interromper os surtos precocemente e manter um número controlado de casos.
Os testes fornecem resultados em minutos e são particularmente interessantes na detecção de infecções durante os 10 primeiros dias, na fase contagiosa e quando as pessoas podem ficar assintomáticas e infectar outras pessoas sem saber, destacou o professor.
“É uma ótima notícia que esses obstáculos regulatórios tenham caído”, disse o Dr. Michael Mina, que também é diretor médico em Microbiologia Clínica no Hospital Brigham and Women’s.
Além da aprovação da FDA no último dia 31 de março dos testes rápidos de antígeno BinaxNOWTM da Abbott e QuickVueTM da Quidel para a venda sem receita, o Dr. Mina também destacou dois novos testes patrocinados pelo governo que se aproximam da estratégia de testagem em casa que ele apoiou. Na Carolina do Norte e no Tennessee, serão fornecidos kits gratuitos aos residentes e será solicitado que façam testes três vezes por semana durante quatro a seis semanas.
“Sabemos que testes frequentes com resultados rápidos são críticos porque qualquer pessoa pode ser exposta a esse vírus e não perceber até depois de propagar a doença. A melhor forma de combater a propagação é dar às pessoas as ferramentas para saber se estão infectadas em tempo real”, destacou o Dr. Michael Mina.
O especialista apontou para a possibilidade de propagação contínua do vírus entre os não vacinados e a diminuição potencial da imunidade derivada da vacina entre os idosos que receberam doses no início da campanha como potenciais condutores.
Mesmo no caso de outros surtos, a vacinação dos mais vulneráveis combinada com testes rápidos ajudaria a extinguir os surtos quando eles chegassem a poucos casos e eliminaria a necessidade de mais fechamentos de empresas e escolas, disse o professor. Essa estratégia permitiria que a sociedade funcionasse perto do normal e evitaria inundar o sistema de saúde a ponto de entrar em colapso, acrescentou o Dr. Mina.
“Isso significa que, quando um surto começa em uma escola, uma casa de saúde ou em qualquer outro lugar no futuro, não precisamos fechar as portas. Não precisamos tomar medidas extraordinárias para evitar a disseminação de novas variantes. Podemos continuar avançando como sociedade, mesmo no contexto de disseminação contínua e limitada, desde que estejamos impedindo que cada surto cresça. Acho que fazer esses testes é um grande passo nessa direção”, concluiu o pesquisador.
Acesse a notícia na página da Universidade Harvard (em inglês).
Fonte: Alvin Powell, Universidade Harvard. Imagem: Abbott.
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