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Nova startup promete facilitar o desenvolvimento de novas terapias genéticas e celulares

Fonte

Georgia Tech | Instituto de Tecnologia da Georgia

Data

terça-feira, 15 março 2022 12:35

Áreas

Biologia. Biomedicina. Bioquímica. Biotecnologia. Entrega de Medicamentos. Genética. Indústria Farmacêutica. Nanotecnologia. Patologia. Terapia Genética.

Atualmente, as terapias celulares e genéticas tratam e podem até curar doenças terminais como leucemia e atrofia muscular espinhal, mas explorar todo o seu potencial ainda é um desafio para os desenvolvedores de terapias.

Ambos os tipos de terapias dependem de células vivas compostas por centenas de milhares de biomoléculas. E para que os desenvolvedores de terapias atendam aos padrões de segurança e produção, eles devem contar com abordagens analíticas complexas e demoradas, lentas e muitas vezes imprecisas.

Agora, uma nova startup, a Andson Biotech, espera facilitar o desenvolvimento e a produção dessas terapias. A empresa foi lançada a partir de uma parceria entre o Instituto de Tecnologia da Georgia (Georgia Tech) e o National Science Foundation Engineering Research Center for Cell Manufacturing Technologies (CMaT), nos Estados Unidos. A empresa desenvolve novos sensores para descobrir terapias celulares e genéticas inovadoras.

Os sensores da Andson Biotech possibilitam medir biomoléculas importantes com rapidez e precisão para garantir a qualidade do medicamento com uma ferramenta chamada espectrometria de massa. Usada há décadas no campo biofarmacêutico, o potencial da espectrometria de massa tem sido severamente limitado devido ao quão lenta e complicada a análise pode ser. As soluções da Andson Biotech simplificam os fluxos de trabalho e permitem a análise da espectrometria de massa diretamente da linha de produção. Isso significa que ela pode servir não apenas como uma ferramenta de descoberta para identificar biomoléculas, mas também como um sensor para medir as biomoléculas mais importantes para controle. A espectrometria de massa tradicional pode levar de horas a dias, mas a abordagem da Andson reduz o tempo para apenas alguns minutos.

“Isso realmente muda o jogo porque libera os recursos da espectrometria de massa para servir como uma tecnologia analítica de processo real, não apenas uma ferramenta de Pesquisa&Desenvolvimento que apenas cientistas podem usar para fazer uma caracterização profunda”, disse o Dr. Mason Chilmonczyk, pesquisador de pós-doutorado na Escola de Engenharia Mecânica do Georgia Tech e CEO da Andson Biotech.

Limitações de medição

Os sensores são essenciais para permitir novas terapias avançadas. Eles ajudam a determinar como as terapias funcionam no laboratório e controlam os processos que eventualmente as produzem em escala nas fábricas. No entanto, a medição dessas moléculas é muitas vezes tão complexa que apenas alguns laboratórios especializados conseguem realizá-la, o que causa atrasos no desenvolvimento de medicamentos devido aos tempos de resposta lentos e impossibilita medições em processo para controle. Para complicar ainda mais, muitos sensores estão desatualizados, de acordo com o Dr. Chilmonczyk.

“A produção da próxima geração de medicamentos está atrasada porque os fabricantes de medicamentos estão confiando em sensores que foram gerados 20 a 30 anos atrás”, disse o Dr. Chilmonczyk. “Estamos desenvolvendo sensores que possam medir com rapidez e precisão as biomoléculas que indicam qualidade, que é um dos principais vazios nos recursos modernos de biofabricação, pois há uma grande questão sobre o que medimos e como medimos”, continuou o pesquisador.

Trabalhando com o espectrômetro de massa

As inovações da Andson Biotech permitem espectrometria de massa rápida, uma ferramenta analítica que mede a massa de uma biomolécula. Conhecer a massa de uma biomolécula ajuda os desenvolvedores a identificar o que é a biomolécula, formular hipóteses de como ela pode se correlacionar com um processo de droga e desenvolver drogas de acordo.

Durante o doutorado do Dr. Chilmonczyk, ele criou um processo de microfabricação nas salas limpas do Instituto de Eletrônica e Nanotecnologias (IEN) do Georgia Tech que conta com recursos avançados de processamento microeletrônico – a mesma tecnologia usada para fabricar computadores – para criar sensores que fazem interface com espectrômetros de massa. Esse processo lhe permitiu desenvolver plataformas que simplificam o manuseio e a preparação de amostras, tornando a espectrometria de massa mais acessível para o desenvolvimento de processos e controle em processo. Os sistemas são projetados tendo em mente as necessidades da biofabricação moderna.

A inovação só foi possível devido ao relacionamento da Georgia Tech com o CMaT. O objetivo da parceria é tornar a fabricação de terapias baseadas em células escalável, robusta e de baixo custo para expandir o tratamento contra doenças crônicas incuráveis. O esforço colaborativo tem sido crucial para o desenvolvimento técnico.

Acesse a notícia completa na página do Georgia Tech (em inglês).

Fonte: Tess Malone, Georgia Tech. Imagem: Dr. Mason Chilmonczyk em uma sala limpa. Fonte: Divulgação, Georgia Tech.

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