Notícia
Novas drogas para prevenir derrame e demência são promissoras
Tratamentos pode prevenir a recorrência de derrame e demência devidos a pequenos vasos sanguíneos no cérebro
Shutterstock
Fonte
Universidade de Edimburgo
Data
sexta-feira, 26 abril 2019 14:30
Áreas
Neurociências. Farmacologia. Saúde Pública.
Os medicamentos cilostazol e mononitrato de isossorbida, já usados no tratamento de doenças cardíacas e angina, foram testados pela primeira vez no Reino Unido para o tratamento de derrame ou demência vascular. O estudo envolveu mais de 50 pacientes com AVC e descobriu que os pacientes toleraram as drogas, sem efeitos colaterais graves, mesmo quando os medicamentos eram administrados em dose completa ou em combinação com outros medicamentos. Especialistas dizem que as descobertas abrem o caminho para estudos clínicos maiores para verificar se os tratamentos podem prevenir danos cerebrais e reduzir o risco de derrame e demência vascular.
Danos a pequenos vasos sanguíneos no cérebro são responsáveis por cerca de um quarto dos derrames e também são uma causa comum de problemas de memória e demência. Cerca de 400.000 pessoas no Reino Unido são afetadas, mas não há tratamentos específicos. Atualmente, a única maneira de reduzir o risco da doença é controlando a pressão arterial e o colesterol, deixando de fumar e controlando os sintomas do diabetes.
Sinais precoces promissores
Uma equipe liderada por pesquisadores da Universidade de Edimburgo e da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, recrutou 57 pacientes que sofreram derrame causado por pequenos vasos sanguíneos danificados, conhecido como acidente vascular cerebral lacunar.
Os pacientes tomaram os dois medicamentos, individualmente ou em combinação, por até nove semanas, além dos tratamentos habituais para prevenir novos AVCs. Eles preencheram questionários de saúde e fizeram exames regulares de pressão arterial, exames de sangue e tomografias cerebrais. Os resultados sugerem que as drogas são seguras para uso em pacientes com AVC, tomadas isoladamente ou em combinação, pelo menos em curto prazo.
Também houve sinais de que os tratamentos ajudaram a melhorar a função dos vasos sanguíneos nos braços e no cérebro, e podem melhorar as habilidades de raciocínio, mas os pesquisadores ressaltam que mais estudos são necessários. Um estudo maior, chamado LACI-2, já está em andamento.
Os resultados do estudo foram publicados na revista científica EClinicalMedicine.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia na página da Universidade de Edimburgo (em inglês).
Fonte: Universidade de Edimburgo. Imagem: Shutterstock.
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