Notícia

Novo dispositivo contribui para detecção precoce de doenças oculares

Novo dispositivo possibilitará o diagnóstico precoce de doença oculares, como a degeneração macular relacionada à idade

Reprodução, EPFL

Fonte

Escola Politécnica Federal de Lausanne

Data

segunda-feira, 30 março 2020 14:45

Áreas

Diagnóstico. Doenças Oftalmológicas.

Há uma nova esperança para pessoas com problemas de visão, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Esta condição afeta 26% das pessoas com mais de 60 anos na Europa e é uma das principais causas de cegueira nos países desenvolvidos. Um novo dispositivo possibilitará o diagnóstico precoce da doença, preparando o terreno para um tratamento mais efetivo. O dispositivo é o resultado de um estudo desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Dispositivos Fotônicos Aplicados (LAPD), chefiado pelo professor Dr. Christophe Moser, da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça. Os resultados foram publicados recentemente na revista científica Nature Photonics.

A retina é um tecido complexo composto de várias camadas de células. Inclui a mácula, uma área sensível à luz na parte posterior do olho. A mácula é responsável pela visão de alta acuidade, por isso é o que nos permite ler, reconhecer rostos e perceber detalhes. Ainda não se sabe o porquê, mas a mácula degenera com o tempo. Isso pode fazer com que manchas ou linhas onduladas apareçam no campo de visão central, mantendo as áreas periféricas intactas.

A DMRI geralmente é detectada apenas quando esses sintomas aparecem, o que significa que a condição já está em um estágio avançado. Ainda não existe uma cura, mas os efeitos podem ser retardados. Se a DMRI pudesse ser diagnosticada precocemente, poderia ser tratada com mais eficácia. É aí que entra a tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da EPFL O equipamento usa um sofisticado sistema de imagem para visualizar as camadas celulares da mácula – as primeiras afetadas pela DMRI – em tempo real. Os procedimentos de rotina até agora não conseguiam detectar essas células, tornando impossível seu monitoramento.

“Essas células são o local onde os problemas mais comuns da retina se originam. Ser capaz de observá-las nos ajudará a entender como essas condições evoluem, para que possamos detectá-las mais cedo e tratá-las com mais eficiência ”, explica a Dra. Francine Behar-Cohen, especialista de oftalmologia do Hôpital Cochin e diretora de pesquisa da Centre de Recherche des Cordeliers, em Paris.

“Diferentemente dos dispositivos convencionais, que enviam luz para o centro da pupila, [este equipamento] olha a retina através da esclera, que é o branco dos nossos olhos”, explica o Dr. Mathieu Künzi, pesquisador do LAPD e co-autor do estudo. “Isso significa que podemos ver a parte de trás do olho de um ângulo diferente. Isso evita parte da interferência que pode advir da luz refletida e nos dá uma melhor visão das camadas celulares”, conclui o Dr. Timothé Laforest, outro pesquisador do LAPD e coautor do estudo. Os dois pesquisadores criaram uma startup – a EarlySight – para desenvolver e promover essa tecnologia na medicina.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da EPFL (em inglês).

Fonte: Sarah Perrin, EPFL. Imagem: Reprodução, EPFL.

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