Notícia
Novo exame de sangue pode ajudar o diagnóstico precoce de tumores cerebrais
O projeto de pesquisa interdisciplinar reúne médicos e especialistas em saúde pública, engenharia e em detecção de nanopartículas, além de modelagem computacional
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Fonte
Universidade de Bristol
Data
quinta-feira, 27 fevereiro 2020 11:50
Áreas
Biomarcadores. Biomedicina. Diagnóstico. Neurociências. Oncologia.
Uma equipe de pesquisa liderada pela Universidade de Bristol, no Reino Unido, está desenvolvendo um exame de sangue acessível – que poderia ser incluído nos cuidados primários de saúde – para diagnosticar tumores cerebrais precocemente usando biomarcadores de carbono fluorescentes e nanofotônica. O projeto é liderado pela Dra. Kathreena Kurian, especialista em tumores cerebrais, e pela Dra. Sabine Hauert, professora sênior de robótica, em colaboração com a professora Dra. Carmen Galan e o professor Dr. Richard Martin, também da Universidade de Bristol; com o Dr. Neciah Dorh da empresa FluoretiQ e a Dra. Helen Bulbeck, da Brainstrust.
O projeto de pesquisa interdisciplinar reúne médicos e especialistas em saúde pública, engenharia e em detecção de nanopartículas, além de modelagem computacional.
A Dra. Kathreena Kurian, chefe do Centro de Pesquisa de Tumores Cerebrais da Universidade de Bristol, explicou: “Um simples exame de sangue realizado pelos clínicos gerais ajudaria na tomada de decisões e no diagnóstico precoce. Isso revolucionaria os cuidados, acelerando o diagnóstico, reduzindo custos para o sistema de saúde, reduzindo a ansiedade de exames desnecessários e reduzindo o número de pacientes que apresentam tumores cerebrais grandes e inoperáveis”.
“Além disso, esse teste pode ser usado como um monitor precoce da recorrência de tumores cerebrais. Nosso trabalho será seguido por um estudo de biomarcadores de coorte multicêntrico para determinar a eficácia do teste em um cenário do mundo real”, reforça a pesquisadora.
A Dra. Sabine Hauert, do Departamento de Engenharia Matemática e Laboratório de Robótica da Universidade de Bristol, acrescentou: “Nanopartículas mostraram-se promissoras na detecção precoce de câncer por marcação fluorescente de níveis muito baixos de biomarcadores em amostras de sangue e outros fluidos”.
A Dra. Alexis Webb, gerente sênior de financiamento para detecção precoce da Cancer Research UK, disse: “No momento, o número de pessoas que sobrevivem após um diagnóstico de tumor cerebral permanece baixo e pouco mudou em mais de uma geração. Estamos orgulhosos de apoiar este projeto inovador e financiar a pesquisa de tumores cerebrais continua sendo uma prioridade. Precisamos de técnicas melhores para diagnosticar tumores cerebrais mais cedo, quando há mais opções de tratamento, para garantir um futuro para mais pessoas afetadas pela doença”.
Há uma necessidade premente da descoberta de novos biomarcadores sanguíneos para câncer cerebral e da tecnologia de ponta que permita sua detecção. Os objetivos do projeto de pesquisa são:
- descobrir novos biomarcadores, além dos marcadores conhecidos, como a proteína glial fibrilar ácida (GFAP), que serão usados como linha de base;
- implementar um modelo computacional para prever os níveis de biomarcadores no sangue;
- desenvolver uma nanopartícula fluorescente que possa rotular esses marcadores no sangue;
- trabalhar em parceria com a FluoretiQ, para encontrar uma solução acessível para testes na prática clínica.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Bristol (em inglês).
Fonte: Universidade de Bristol. Imagem: Freepik.
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