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Novo medicamento promete melhorar o controle da hipertensão

Estudo aponta que novo medicamento pode ajudar a reduzir a hipertensão persistente por até seis meses após uma única injeção

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Fonte

Universidade de Edimburgo

Data

segunda-feira, 24 julho 2023 19:00

Áreas

Biomedicina. Bioquímica. Biotecnologia. Desenvolvimento de Fármacos. Entrega de Medicamentos. Estudo Clínico. Farmacologia. Indústria Farmacêutica. Metabolismo. Microbiologia. Química Medicinal. Saúde Pública.

Se bem-sucedido, um novo medicamento – o zilebesiran – forneceria um método mais conveniente para o controle da hipertensão, que é rotineiramente tratada por meio de comprimidos diários. Mais da metade dos pacientes com hipertensão não toma todos os medicamentos prescritos, levando a um controle inconsistente da pressão arterial.

Uma melhor gestão da condição pode reduzir o risco de acidente vascular cerebral, ataque cardíaco e morte prematura, dizem os especialistas.

Queda sustentada

Uma equipe internacional, incluindo especialistas do Centro de Ciências Cardiovasculares da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, realizou ensaios clínicos em estágio inicial em quatro locais do Reino Unido.

Os pacientes que receberam zilebesiran tiveram uma redução substancial na pressão arterial sistólica,  que durou até seis meses.

Em média, a pressão arterial sistólica diminuiu mais de 10 mmHg com uma dose de 200 mg ou mais da droga e mais de 20 mmHg com a dose mais alta de 800 mg. Uma queda desse porte pode levar a pressão arterial a uma faixa muito mais segura.

A pressão arterial sobe e desce naturalmente ao longo do dia, o que pode dificultar o tratamento. O estudo constatou que a queda na pressão arterial observada em pacientes tratados com zilebesiran foi consistente ao longo de 24 horas.

Nova abordagem

Desenvolvido pela empresa norte-americana Alnylam, o zilebesiran funciona impedindo a produção de angiotensina – um hormônio que estreita os vasos sanguíneos, levando ao aumento da pressão arterial. Vários medicamentos existentes usados para tratar a hipertensão também têm como alvo a angiotensina.

O zilebesiran usa uma nova abordagem para interferir na maquinaria do fígado que produz a proteína angiotensinogênio, a fonte de todas as formas de angiotensina. Conhecido como pequeno RNA de interferência (siRNA), o zilebesiran desliga o gene responsável pela produção do angiotensinogênio, impedindo sua produção.

A abordagem do siRNA já foi usada para desenvolver tratamentos para várias outras condições, com a capacidade de silenciar genes específicos com alta precisão e efeitos que duram muitos meses.

Dados de segurança

107 pacientes com hipertensão participaram do estudo – 80 receberam uma única injeção de zilebesiran, enquanto 32 receberam um placebo sem ingredientes ativos. Cinco pacientes que receberam inicialmente o placebo foram transferidos posteriormente para o zilebesiran.

Especialistas alertaram que mais estudos envolvendo um número maior de pacientes são necessários para investigar de forma robusta a segurança do medicamento e fornecer mais informações sobre seu potencial para melhorar os resultados clínicos em pessoas com hipertensão.

“Este é um desenvolvimento potencialmente importante para a hipertensão. Não houve uma nova classe de medicamento licenciada para o tratamento da hipertensão arterial nos últimos 17 anos. Essa nova abordagem leva a uma redução substancial da pressão arterial, tanto de dia quanto à noite, que dura cerca de seis meses após uma única injeção. Isso é atraente porque ajuda a evitar a dificuldade de adesão ao tratamento observada com os medicamentos atuais. A próxima etapa dos ensaios clínicos se concentrará no desenvolvimento de dados de segurança robustos e evidências mais amplas de eficácia, antes que o zilebesiran possa ser licenciado para uso”, concluiu o Dr. David Webb, professor da Universidade de Edimburgo.

Os resultados foram publicados recentemente na revista científica New England Journal of Medicine.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Edimburgo (em inglês).

Fonte: Universidade de Edimburgo. Imagem: Freepik.

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