Notícia
Novo processo entrega antibióticos protegidos por pólen
Processo foi desenvolvido por pesquisa internacional entre universidade canadense e universidades no Reino Unido
Divulgação
Fonte
Universidade Queen's
Data
terça-feira, 18 junho 2019 15:45
Áreas
Farmacologia. Química Medicinal.
A questão da resistência à ação de antibióticos tem despertado o interesse pela pesquisa de novos medicamentos em todo o mundo. O Dr. Andrew Evans, pesquisador da Universidade Queen’s, no Canadá, em colaboração com grupos da Universidade de St. Andrews e Universidade de Hull, ambas no Reino Unido, descobriu uma nova maneira de administrar drogas que poderia combater o problema da resistência aos antibióticos.
O Dr. Evans mostrou que envolver uma nova classe de antibióticos, chamados marinomicinas, com a camada externa do pólen de plantas pode proteger esses antibióticos da rápida decomposição na presença de luz.
“Todo mundo provavelmente vai ter uma infecção em algum momento durante a sua vida e vai precisar de um antibiótico”, explica o Dr. Evans. “Há uma necessidade urgente de novos antibióticos para combater a crescente onda de resistência microbiana aos antibióticos existentes. Nós tomamos um novo antibiótico potente e potencialmente útil que se desintegra sob a luz do sol em segundos e o “empacotamos” em uma casca de pólen, que então protege o antibiótico por horas contra a radiação UV. ”
Esporos de pólen de tamanhos diferentes são produzidos por diferentes espécies de plantas, que podem então ser usadas para proteger e distribuir diferentes drogas. Dr. Evans diz que todos os alérgenos são removidos do pólen primeiro para dar espaço para a ligação e proteção da molécula do medicamento.
O pólen foi aprovado pela agência FDA, nos Estados Unidos, para consumo oral, o que torna esta uma estratégia muito atraente para a entrega de medicamentos.
“A Organização Mundial da Saúde reconheceu a resistência aos antibióticos como uma prioridade”, diz o Dr. Evans. “Estamos diante da possibilidade de um futuro sem antibióticos efetivos, o que mudaria fundamentalmente a maneira pela qual a medicina moderna é praticada. Além disso, existem outras drogas que foram abandonadas devido a questões de sensibilidade à luz que poderiam ser reexaminadas usando essa estratégia ”.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Chemical Science.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Univrsidade Queen’s (m inglês).
Fonte: Anne Craig, Universidade Queen’s. Imagem: Divulgação.
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