Notícia

Novos nanomedicamentos chegam a alvos de difícil acesso

Fonte

Universidade de Tóquio

Data

quarta-feira, 24 abril 2019 17:30

Áreas

Nanotecnologia. Farmacologia. Liberação de Fármacos. Oncologia.

Em um estudo recente em camundongos, pesquisadores japoneses descobriram uma maneira de fornecer drogas específicas para partes do corpo cujo acesso é excepcionalmente difícil. Uma nanomáquina, chamada catiômero em bloco em forma de Y (YBC), liga-se a certos materiais terapêuticos formando um conjunto de 18 nanômetros de largura. O conjunto tem menos de um quinto do tamanho daqueles produzidos em estudos anteriores, portanto pode passar por lacunas muito menores. Isso permite que as hemácias deslizem através de barreiras estreitas em cânceres do cérebro ou do pâncreas.

A luta contra o câncer é travada em muitas frentes. Um campo promissor é a terapia genética, que tem como alvo causas genéticas de doenças para reduzir seu efeito. A ideia é injetar um medicamento à base de ácido nucleico na corrente sanguínea – tipicamente um RNA interferente pequeno (siRNA) – que se liga a um gene específico causador de problemas e o desativa. No entanto, o siRNA é muito frágil e precisa ser protegido dentro de uma nanopartícula ou pode ficar comprometido antes de atingir seu alvo.

“O siRNA pode desativar expressões genéticas específicas que podem causar danos. Eles são a próxima geração de produtos biofarmacêuticos que poderiam tratar várias doenças intratáveis, incluindo o câncer”, explicou o professor Dr. Kanjiro Miyata, da Universidade de Tóquio, no Japão, que supervisionou o estudo. “No entanto, o siRNA é facilmente eliminado do corpo por degradação enzimática ou excreção. Claramente, um novo método de entrega é necessário. ”

“Tem sido um desafio grande, mas valioso, ao longo de muitos anos desenvolver sistemas de distribuição eficientes para drogas de ácido nucleico. Ainda é cedo, mas espero ver o progresso dessa pesquisa em camundongos para ajudar a tratar pessoas com cânceres de difícil tratamento um dia”, conclui o Dr. Miyata.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Nature Communications.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Tóquio (em inglês).

Fonte: Universidade de Tóquio. Imagem: Divulgação, Universidade de Tóquio.

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