Notícia

Oropouche: sintomas, formas de transmissão e prevenção

Ministério da Saúde monitora todas as arboviroses em tempo real, inclusive o Oropouche, através da Sala Nacional de Arboviroses

Flávio Carvalho, Fiocruz

Fonte

Ministério da Saúde

Data

quarta-feira, 21 agosto 2024 15:00

Áreas

Biologia. Doenças Infecciosas. Imunologia. Microbiologia. Políticas Públicas. Saúde Pública. Virologia.

O Ministério da Saúde monitora o cenário epidemiológico do Oropouche em todo o Brasil. Até o último dia 19 de agosto, foram registrados 7.653 casos da doença. Nesse cenário, o Ministério atua no combate ao vetor, na vigilância epidemiológica das arboviroses e na prevenção do Oropouche em todo o país.

O oropouche é uma arbovirose causada pelo vírus Oropouche (OROV). O vírus é transmitido principalmente por um inseto da espécie Culicoides paraensis, conhecido como maruim, meruim, muruim ou mosquito-pólvora. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o inseto pode transmitir o vírus para uma pessoa suscetível.

Sintomas

Os sintomas são parecidos com os da dengue e de outras arboviroses: febre, dor de cabeça intensa, dor muscular e articular. Nesse sentido, é importante que a vigilância em saúde seja capaz de identificar casos dessas doenças por meio da investigação dos aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, e orientar as ações de prevenção e controle.

Os primeiros sintomas aparecem entre 3 e 8 dias após a picada do inseto. Os sintomas duram de 2 a 7 dias, e o vírus permanece no sangue da pessoa infectada por 2 a 5 dias após o início dos primeiros sintomas. Parte dos pacientes (estudos relatam até 60%) pode apresentar recidiva, com a manifestação de sintomas após 1 a 2 semanas a partir das manifestações iniciais.

Os sintomas de Oropouche podem ser confundidos com os de outras arboviroses e doenças febris agudas. Por isso, no início dos sintomas, aconselha-se procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. É importante permanecer em repouso, com acompanhamento médico e tratamento dos sintomas.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do Oropouche é feito por avaliação clínica, laboratorial e epidemiológica (por exemplo, ocorrência de outros casos no mesmo local ou histórico de deslocamento do paciente para local com outros casos já identificados).

Não há tratamento específico disponível. Os medicamentos prescritos podem auxiliar no alívio dos sintomas, como analgésicos para as dores e antitérmicos para controlar a febre, mas não atuam na causa da doença. Ao iniciar os sintomas, o paciente deve procurar imediatamente um serviço médico disponível no SUS. Até o momento, não há vacina disponível.

Toda gestante que apresentar febre ou sintomas compatíveis com Oropouche e outras arboviroses deverá ser acompanhada e monitorada durante todo o pré-natal.

Prevenção

As medidas de proteção individual incluem: evitar exposição a picadas do vetor em locais com ocorrência da doença, com uso de roupas compridas e sapatos fechados e de repelente nas partes expostas do corpo.

Já as medidas de proteção coletivas incluem: uso de telas de malha fina em portas e janelas; limpeza de terrenos e locais de criação de animais; recolhimento de folhas e frutos que caem no solo. Vale destacar que o inseto transmissor do Oropouche se reproduz em matéria orgânica em decomposição.

Fonte: Vanessa Rodrigues, Ministério da Saúde. Imagem: inseto vetor. Fonte: Flávio Carvalho, Fiocruz.

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