Notícia

Parceria da UNESP com a Universidade de Oxford desenvolve biossensores para diagnóstico rápido e portátil

Expectativa é que o compartilhamento do protocolo desenvolvido pelo grupo da UNESP em Araraquara possa tornar biossensores e dispositivos portáteis de diagnóstico mais acessíveis

Shutterstock

Fonte

UNESP | Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

Data

quarta-feira, 2 dezembro 2020 10:25

Áreas

Bioquímica. Diagnóstico.

Desde 2012, o grupo Nanobionics, localizados no Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (IQ-UNESP), em Araraquara, se dedica ao estudo de tecnologias úteis para o desenvolvimento de biossensores capazes de realizar diagnósticos de doenças de forma rápida acessível e a partir de dispositivos portáteis.

Em um recente artigo, assinado pela doutoranda Beatriz Lucas Garrote, pelo pós-doutorando Adriano dos Santos e pelo professor Dr. Paulo Roberto Bueno, compartilha um protocolo de sucesso para aplicações analíticas e de biossensores do tipo label-free, ou seja, que não demanda o uso de reagentes para o diagnóstico, uma característica que dispensa laboratórios e leva o diagnóstico para o consultório medico.

O método compartilhado no artigo já demonstrou seu sucesso, por exemplo, para a detecção viral em casos de dengue, afirmam os autores. O artigo foi publicado na revista científica Nature Protocols.

No blog Behind the Paper, disponível no site da revista científica, o trio afirma que depois de todos esses anos que o grupo se dedicou a pesquisar o tema, era o momento de compartilhar detalhadamente o protocolo com a comunidade, na expectativa de tornar os biossensores e os dispositivos portáteis de diagnóstico mais acessíveis.

“Nós acreditávamos (e ainda acreditamos) que ao fazer isso, outros pesquisadores terão acesso às ferramentas e às estruturas para aplicar a capacitância eletroquímica em suas pesquisas e fazer novas descobertas”, afirmam os pesquisadores ao blog. “Temos o prazer de alcançar esse objetivo e esperamos que nosso protocolo receba a atenção tanto da comunidade científica envolvida com biossensores quanto a da química analítica”.

Revolução em diagnóstico

A ideia é criar um dispositivo eletrônico que carregue este biossensor e que pode se conectar a um celular por meio da entrada USB. Sem a necessidade de reagentes, o dispositivo dispensaria a necessidade dos laboratórios, e o diagnóstico seria feito em minutos, no consultório do médico por meio de um equipamento que cabe na palma da mão. Pode parecer um sonho distante, mas um dispositivo semelhante já existe, mas para medição de diabetes. “A tecnologia é diferente, mas a prática é a mesma”, afirma Paulo Roberto Bueno.

Essa tecnologia está patenteada e licenciada internacionalmente. A tecnologia desenvolvida na Unesp está licenciada para a empresa Osler, uma startup da Universidade de Oxford, no Reino Unido, da qual o professor é co-fundador. Para se ter uma ideia do potencial da tecnologia, a empresa é hoje a startup de crescimento mais rápido na história da Universidade britânica.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da UNESP.

Fonte: Marcos Jorge, UNESP. Imagem: Shutterstock.

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