Notícia

Parceria entre UEL e instituto alemão investe em terapia para tratamento de melanoma

Estudo propõe a utilização de Plasma Físico Frio (PFF) no tratamento do melanoma

Divulgação, UEL

Fonte

UEL | Universidade Estadual de Londrina

Data

sexta-feira, 2 agosto 2019 12:30

Áreas

Ciências Biológicas. Oncologia. Física Médica.

Estudo inédito realizado no Laboratório de Patologia Molecular do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Londrina (CCB-UEL), em colaboração com o Instituto Leibniz de Ciência e Tecnologia do Plasma da Universidade Greifswald, na Alemanha, propõe uma nova terapia com a utilização de Plasma Físico Frio (PFF) para tratamento do melanoma – tipo agressivo de câncer de pele que não tem cura. Considerado o quarto estado da matéria – além dos estados sólido, líquido e gasoso – o plasma é um gás ionizado, que produz radicais livres.

Quando aplicado sobre o câncer de pele (melanoma), ele destrói apenas as células cancerígenas, sem trazer grandes efeitos colaterais, como é o caso dos tratamentos convencionais para a doença. Além disso, a alternativa tem baixo custo, inclusive com efeito ainda melhor quando combinado com alguns quimioterápicos, que podem ser utilizados em concentrações e doses menores. Segundo os pesquisadores, as pesquisas tanto com células in vitro, quanto em roedores já mostram resultados promissores.

A doutoranda Gabriella Pasqual Melo, juntamente com o orientador Dr. Rajesh Gandhirajan, do instituto alemão, está testando em animais o que já haviam identificado com pesquisas em células. Durante duas semanas, conduziram experimentos com roedores para a validação deste tipo de tratamento em modelo experimental de câncer de pele.

Os estudos foram desenvolvidos no Laboratório de Patologia Molecular, coordenador pela professora Dra. Alessandra Lourenço Cecchini, do Departamento de Ciências Patológicas, do CCB. Na Alemanha, as pesquisas em células são conduzidas pelo professor Dr. Sander Bekeschus.

Gabriella Melo conta que já foi possível testar o plasma com outros quimioterápicos. Foram utilizadas 46 drogas já aprovadas para o tratamento do câncer de pele, sendo que cinco delas mostraram efeitos potenciais quando utilizadas em conjunto com o plasma. Com esta primeira constatação vieram para a UEL com o objetivo de testar em roedores.

Gabriela é graduada em Biomedicina pela UEL e mestre pelo Programa de Pós-graduação em Patologia Experimental. Ela já atuou em pesquisas na instituição, portanto, conhecia a estrutura oferecida com cultura de células e experimentos in vivo. “A gente até poderia montar o laboratório lá, mas foi a oportunidade que vi de não esquecer o laboratório daqui, de tudo que aprendi, para trazer algo que fosse bom para eles e para a UEL também”, afirma a pesquisadora que desde outubro de 2017 está na Alemanha.

Durante o período no Brasil, as pesquisas são conduzidas da seguinte maneira: os camundongos são transplantados com as células de melanoma. Após cinco dias começa o tratamento, da mesma forma como seria feito em um paciente humano em uma clínica. Primeiro é injetado um dos cinco tipos de quimioterápicos na corrente sanguínea do animal e, em seguida, os pesquisadores fazem a aplicação do plasma diretamente na lesão.

Por último, os pesquisadores fazem a comparação com um animal não tratado, avaliando se o câncer aumentou ou diminuiu. Eles também avaliam as doses de químicos ministradas. Gabriella explica que, confirmados os resultados da pesquisa, vai ser possível utilizar os mesmos quimioterápicos já aprovados, porém em doses mais baixas, levando o paciente a futuramente ter menos efeitos colaterais.

Acesse a notícia completa na página da UEL.

Fonte: Agência UEL. Imagem: Divulgação, UEL.

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