Notícia

Parceria viabiliza biofabricação de tecidos para pesquisas sem uso de animais

Modelos 3D de pele, fígado e barreira intestinal são produzidos a partir da troca de conhecimentos entre pesquisadores do CNPEM e a 3DBS, startup da área de engenharia tecidual

Divulgação, CNPEM

Fonte

CNPEM | Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais

Data

terça-feira, 6 dezembro 2022 11:30

Áreas

Bioengenharia. Bioimpressão. Biologia. Biotecnologia. Dermatologia. Engenharia de Tecidos. Hepatologia.

Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização supervisionada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em parceria com a startup 3D Biotechnology Solutions (3DBS), acabaram de validar metodologias de biofabricação de modelos 3D de tecidos inéditos no Brasil.

As duas instituições trabalham juntas desde 2021 na troca de conhecimentos para desenvolvimento conjuntos de aplicações tridimensionais para cultivo in vitro de células.

“Atuamos num campo multi e interdisciplinar extremamente desafiador, onde ninguém faz nada sozinho e as parcerias tornam-se extremamente importantes. Os desenvolvimentos conjuntos entre a 3DBS e o CNPEM são fundamentais para que tecnologias de ponta como essas cheguem ao mercado”, destacou a Dra. Ana Luiza Millás, diretora de pesquisa da 3DBS.

Nos laboratórios do CNPEM e da 3DBS foram desenvolvidos modelos de biofabricação de esferóides de fígado, barreira intestinal e pele que, após licenciamento, passam a ser usados pela startup.

“São insumos fundamentais para diversos trabalhos de pesquisa acadêmica e também para os testes necessários para avaliar a toxicidade, eficácia e a segurança de produtos desenvolvidos pela indústria”, revelou a Dra. Ana Carolina Figueira, pesquisadora responsável pelo laboratório de cultura 3D e microfluídica do CNPEM.

A maior disponibilidade de tecidos desse tipo no mercado e em laboratórios tem o potencial de contribuir para acelerar as pesquisas, tornando mais objetivas algumas etapas do trabalho. O aprimoramento de metodologias busca reduzir significativamente o uso de modelos animais nos testes.

O laboratório de Cultura 3D e Microfluídica do CNPEM, instalado no Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), é uma das três infraestruturas centrais da Rede Nacional de Métodos Alternativos ao Uso de Animais (RENAMA), que tem entre seus objetivos substituir os métodos existentes por outros que sejam igualmente ou mais eficientes e refinar os métodos já consagrados para que se reduza o impacto das pesquisas no uso de animais. Outra área na qual este laboratório está se inserindo é a da Medicina Regenerativa e Engenharia de Tecidos, através da utilização dos modelos e materiais bioimpressos que poderão ter propriedades terapêuticas.

“Há uma necessidade estratégica em buscar autonomia da produção desses insumos. Por serem em sua maioria importados, são muito caros. E há também um outro problema na importação. São materiais perecíveis, com prazo de validade de poucos dias. Os riscos de não chegarem ao laboratório em condições de serem aproveitados são muito grandes”, explicou a Dra. Ana Carolina Figueira.

“Acredito que essa parceria demonstra como a conexão de empresas com centros de pesquisas pode nos levar a um novo patamar de consolidação desse segmento do mercado de biotecnologia. Temos no Brasil muitos grupos de pesquisa capacitados e um grande volume de conhecimento a ser aplicado em soluções que a sociedade precisa”, avaliou o Dr. Pedro Massaguer, CEO da 3DBS.

Acesse a notícia completa na página do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais.

Fonte: Reberson Ricci Ius, CNPEM. Imagem: Divulgação, CNPEM.

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