Notícia

Pesquisa avalia efeitos de planta do cerrado no tratamento de doenças hepáticas

A toxicidade de um extrato botânico pode ser diferente dependendo da parte da planta utilizada, o modo de preparo do macerado e outros processos

Divulgação, FAPEMAT

Fonte

FAPEMAT | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso

Data

quinta-feira, 4 julho 2019 11:20

Áreas

Bioquímica. Farmacologia. Fitoterapia.

Pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat) avaliou os efeitos do extrato bruto da planta conhecida popularmente como “Lixeira” no tratamento de doenças hepáticas. O estudo é coordenado pela professora Dra. Cláudia Andrade, do departamento de Química da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com participação do pesquisador Fhelipe Jolner Souza de Almeida, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMT.

A professora avaliou o efeito do extrato hidroalcoólico da Curatella americana L, nome científico da árvore, sobre as células estreladas, responsáveis pelo armazenamento da Vitamina A no fígado, e com importante função no sistema imunológico. O consumo excessivo de álcool pode provocar alterações no metabolismo destas células, levando a um quadro de fibrose hepática.

O objetivo da pesquisa é fazer uma associação entre o potencial antioxidante e a atividade antifibrótica do extrato. Os resultados mostraram que o efeito da planta depende da quantidade da planta utilizada. Quando a concentração foi igual ou menor a 2 mg/ml, o extrato não apresentou toxicidade para as células, o que pode significar a melhora no quadro de fibrose. No entanto, concentrações superiores a 3 mg/ml foram pró-oxidantes, direcionando para a morte celular.

O extrato da Lixeira é popularmente utilizado no tratamento de várias doenças, como o diabetes. A pesquisa, no entanto, alerta que essa prática deve vir acompanhado do conhecimento científico, como mostram os resultados da pesquisa com a alta concentração da planta. “A busca por novos agentes terapêuticos não ocorre de maneira aleatória, muitas etapas são fundamentais, desde a correta identificação, parte da planta a ser utilizada, época de coleta do material botânico”.

A toxicidade de um extrato botânico pode ser diferente dependendo da parte da planta utilizada, o modo de preparo do macerado (mistura com solvente extrator escolhido e material botânico triturado) e via de administração, podendo produzir efeitos tóxicos em maior ou menor grau.

Acesse a notícia na página da FAPEMAT.

Fonte: Assessoria de Imprensa, FAPEMAT. Imagem: Divulgação, FAPEMAT.

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