Notícia

Pesquisa otimiza avaliação de suplementação farmacêutica

Com tecnologia e cúrcuma, estudo propõe uma abordagem melhorada para inflamações intestinais e para os efeitos colaterais dos tratamentos disponíveis

Deriky Pereira, FAPEAL

Fonte

FAPEAL | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas

Data

sábado, 12 outubro 2019 07:40

Áreas

Bioquímica. Biotecnologia. Saúde Pública.

O grupo de pesquisa liderado pela professora Dra. Marília Goulart no Laboratório de Eletroquímica e Estresse Oxidativo (LEEO) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) desenvolveu recentemente duas pesquisas com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL), buscando promover iniciativas que lidam com as carências locais. A primeira análise estudou a doença dos rins diabéticos (nefropatia), correlacionada ao estado nutricional do paciente. Já a segunda, está em sua fase final e verifica os efeitos da suplementação da cúrcuma em portadores de doenças inflamatórias intestinais.

O grupo recebeu um financiamento de mais de R$200 mil e estruturou o projeto no Programa de Pós-graduação da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio) elaborando aplicações de alto nível científico.

A cúrcuma longa, em sua forma de extrato farmacêutico, consegue melhorar ou diminuir os efeitos das doenças inflamatório-intestinais no organismo. Normalmente, diagnósticos como Doença de Crohn (DC) e Colite Ulcerativa Idiopática (CUI) frequentemente são acompanhados de efeitos colaterais a partir dos medicamentos utilizados no tratamento dos pacientes.

“A nossa suplementação não deve substituir nenhum medicamento, mas ser associada ao tratamento para contribuir e possibilitar ao paciente maior qualidade de vida”, frisa a Dra. Fabiana Moura, a nutricionista do grupo. A especialista segue explicando que a pesquisa utiliza alguns marcadores para analisar os processos inflamatórios de estresse oxidativo e glicoxidação.

O estresse oxidativo é conhecido como o envelhecimento dos órgãos e à medida que certos distúrbios se instalam o processo pode ser acelerado, dificultando assim suas atividades. Com menos funções sendo realizadas de forma adequada os órgãos começam a falhar, mas o estudo se propõe a auxiliar um equilíbrio intestinal, onde as atividades ocorram normalmente.

No início da pesquisa alguns testes foram realizados com os produtos naturais pesquisados pela Dra.  Jadriane Xavier, que já trabalha identificando estas substâncias desde a sua Iniciação Científica. A doutora em química e biotecnologia analisou muitos destes produtos no projeto. Para a condução do estudo em laboratório foi desenvolvida uma espécie de triagem, até encontrar a substância que melhor desempenhasse o papel químico desejado pelo grupo.

O que mais se adequou foi a cúrcuma longa, a princípio estudada em modelo animal. Como os resultados foram relevantes, a proposta passou a ser empregada em humanos, o que oportunizou o desenvolvimento do projeto de doutorado da aluna Amylly Martins, integrante da equipe.

O estudo passa agora a observar essa elaboração tanto dos produtos que levam ao envelhecimento precoce dos órgãos, como também aqueles que levam à inflamação, porque uma coisa está ligada à outra. Quando se possui um estresse se possui uma inflamação, portanto será determinado se o emprego da cúrcuma nesses pacientes consegue reduzir a inflamação e aperfeiçoar a função dos tecidos e órgãos.

Potencialidade da cúrcuma 

“Nós trabalhamos com diversos tipos de produtos naturais e outra pesquisadora do doutorado acabou aplicando a curcumina em suas análises. Ela fez testes iniciais antioxidante e antiglicante e pôde ver o quanto que a curcumina controlava este desequilíbrio”, explica Jadriane Xavier. A descoberta conseguiu ser implementada definitivamente com a viagem das pesquisadoras a Portugal. Através do apoio da Fapeal, as cientistas se encaminharam até a Universidade do Porto, para compreender as técnicas referência da área utilizadas na Faculdade de Farmácia da instituição, trazendo na bagagem procedimentos que auxiliaram o processo da pesquisa, para serem implantados no programa da Renorbio.

A última adição da pesquisa foi a compra do equipamento de bioimpedância. Esta ferramenta é utilizada para realizar a avaliação da composição corporal dos pacientes, alcançando variáveis que permitem obter uma visão mais precisa. Os resultados científicos reproduzidos com o aparelho são de ponta, sendo desenvolvidos nos melhores centros do mundo.

Acesse a notícia completa na página da FAPEAL.

Fonte: Tárcila Cabral, FAPEAL. Imagem: Deriky Pereira, FAPEAL.

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