Notícia
Pesquisa sobre implantes intravítreos como tratamento da neovascularização ocular alcança destaque internacional
De autoria de pesquisadores da UFMG e da Funed, trabalho foi reconhecido como o mais inovador pela editora ‘Thieme Medical Publishers’
Divulgação
Fonte
UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais
Data
quarta-feira, 7 julho 2021 06:15
Áreas
Doenças Oftalmológicas. Farmacologia.
A neovascularização ocular é uma patologia caracterizada pela formação de vasos sanguíneos nos tecidos dos olhos e está associada a quase todas as principais doenças oculares, como retinopatia diabética, edema macular e degeneração macular relacionada à idade. Essas doenças podem causar cegueira se não forem tratadas adequadamente.
O tema foi explorado no artigo Rosmarinic acid intravitreal implants: a new therapeutic approach for ocular neovascularization (Implantes intravítreos de ácido rosmarínico: uma nova abordagem terapêutica para neovascularização ocular), publicado no ano passado. O trabalho foi desenvolvido no âmbito do grupo Inovasense – Pesquisa e Inovação Farmacêutica, coordenado pelo Dr. Armando da Silva Cunha Junior, professor do Departamento de Produtos Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O artigo venceu o Thieme award 2021 for the most innovative original paper da revista científica Planta Medica, da Thieme Medical Publishers, editora de medicina e ciência que, há 125 anos, publica trabalhos de profissionais de saúde e estudantes. O trabalho, que descreve uma metodologia para tratamento da neovascularização ocular, é parte da tese de Lorena Carla Vieira, egressa do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) da UFMG.
Desde 2003, o Inovasense, que reúne pesquisadores da UFMG, da Fundação Ezequiel Dias (Funed), da Santa Casa de Belo Horizonte e da Universidade de São Paulo (USP), dedica-se à pesquisa de medicamentos oftálmicos e novas alternativas de tratamento de doenças oculares potencialmente causadoras de perda severa da visão e da cegueira.
Ação inibidora
Como explicou o professor Armando Cunha, o artigo descreve a metodologia de tratamento da neovascularização ocular por meio da administração do ácido rosmarínico, derivado de plantas com atividade antiangiogênica (inibidora dos fatores de crescimento vascular). A substância reduz a formação e a proliferação de novos vasos sanguíneos.
De acordo com o pesquisador, a entrega do medicamento diretamente dentro do olho prolonga a sua liberação e disponibilidade, reduz os efeitos colaterais e aumenta a adesão do paciente ao tratamento. “Nenhum sinal de toxicidade foi observado. A análise histológica atestou que o tecido ocular se manteve normal. O ácido rosmarínico reduziu em 30% a formação de novos vasos”, destacou o professor.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da UFMG.
Fonte: Matheus Espíndola, UFMG. Imagem: Divulgação.
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