Notícia

Radiografia com Inteligência Artificial poderia detectar precocemente câncer de pulmão

Fonte

Universidade de Glasgow

Data

segunda-feira, 18 dezembro 2023 18:40

Áreas

Biologia. Biomedicina. Diagnóstico. Inteligência Artificial. Medicina de Precisão. Oncologia. Radiologia. Saúde Pública.

Uma solução de radiografia de tórax aprimorada por Inteligência Artificial (IA) está sendo testada no Reino Unido com o objetivo de melhorar a detecção precoce do câncer de pulmão.

Nos primeiros três dias do estudo, quase 250 pacientes em três hospitais foram os primeiros a comparecer às consultas onde a solução qXR – uma colaboração entre a Qure.ai, o Centro de Inovação do Oeste da Escócia, a Universidade de Glasgow e o governo escocês – foi usado para analisar radiografias de tórax quase em tempo real.

O câncer de pulmão é a causa mais comum de morte na Escócia, com cerca de 5.500 casos diagnosticados a cada ano, com previsão de aumento de 29% para mulheres e 12% para homens até 2027.

Ao detectar o câncer mais precocemente, a partir de radiografias de tórax encaminhadas pelo médico de família em um ambiente hospitalar ambulatorial, o caminho do paciente para a tomografia computadorizada ou o planejamento do tratamento pode ser simplificado. Esse procedimento economizaria tempo e potencialmente melhoraria os resultados e a qualidade de vida dos pacientes.

O qXR também está sendo apoiado pelo Laboratório de Validação de Saúde Digital da Universidade de Glasgow.

O Dr. David Lowe, professor de Inovação em Saúde na Universidade de Glasgow e Consultor de Medicina de Emergência no NHS Greater Glasgow e Clyde (NHSGGC), destacou: “Os sistemas de saúde mundiais têm um desafio significativo na detecção do câncer de pulmão. Atualmente, 40-50% dos pacientes apresentam câncer avançado ou em estágio 4, levando a resultados piores. Se pudermos detectar o câncer mais cedo, acelerando o tempo e a precisão das 100.000 radiografias de tórax realizadas todos os anos no NHSGGC, poderemos melhorar o tempo para obtenção de imagens adicionais e tratamento subsequente. A IA de raio-X de tórax da Qure.ai ajudará a orquestrar benefícios para todo o percurso de atendimento ao paciente.”

A solução Qure.ai qXR separa automaticamente radiografias de tórax ‘normais’ e sinaliza anormalidades, como massas ou nódulos pulmonares, permitindo a priorização do relato de casos de pacientes para os médicos. Isso poderia potencialmente acelerar o início da jornada de atendimento de um paciente de semanas para dias.

Ao diagnosticar o câncer de pulmão mais cedo, na fase 2, mais de 35% dos pacientes sobreviverão ao câncer por mais de cinco anos. Isto aumenta para mais de 55% se diagnosticado no estágio 1. Isto contrasta fortemente com menos de 5% de sobrevida em cinco anos no diagnóstico final do estágio 4.

A Dra. Denise Brown, Diretora de Serviços Digitais do NHSGGC, disse que “A IA está pronta para adoção na prática clínica nesta área de prioridade nacional. Produtos como o qXR da Qure.ai nos ajudarão a detectar precocemente o câncer de pulmão; este projeto estabelecerá evidências confiáveis de impacto e valor e, no âmbito do ‘Programa Habilitado por IA’ da nossa Estratégia Digital, faz parte do nosso trabalho contínuo no NHSGGC desenvolver e adotar soluções digitais que apoiem a tomada de decisões clínicas.”

A professora Dra. Julie Brittenden, Diretora de Pesquisa e Inovação do NHSGGC, disse: “O Centro de Inovação do Oeste da Escócia e o Departamento de Pesquisa e Inovação têm o prazer de patrocinar e se envolver na realização deste estudo que avalia a eficácia clínica e a aceitabilidade da inteligência artificial do software da Qure.ai para priorizar a interpretação da radiografia de tórax. “Trabalhar em parceria com a indústria e colegas acadêmicos nos dá muitas oportunidades valiosas para melhorar os nossos serviços existentes e fazer o melhor uso dos nossos recursos clínicos e, por sua vez, fornecer conhecimentos que podem informar tratamentos e práticas mais distantes”.

“O diagnóstico precoce do câncer é de importância crucial para melhorarmos os resultados dos pacientes. Abordagens inovadoras sobre como podemos avaliar e usar IA para ajudar os médicos no tratamento de seus pacientes significam que podemos garantir que os pacientes sigam o caminho de tratamento apropriado o mais rápido possível”, concluiu a diretora.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Glasgow (em inglês).

Fonte: Universidade de Glasgow. Imagem: Freepik (imagem gerada por inteligência artificial).

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