Notícia

Tecnologia “blindará” mosquito contra dengue em teste de cidades com até 1,5 milhão de habitantes

O método Wolbachia, já aplicado no Rio de Janeiro, será levado às cidades de Campo Grande (MS), Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG) para reduzir doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

ixabay

Fonte

Agência Saúde

Data

segunda-feira, 15 abril 2019 18:25

Áreas

Parasitologia. Dengue. Saúde Pública.

Três cidades brasileiras irão realizar a etapa final do método “Wolbachia” para o combate ao mosquito Aedes aegypti, antes da sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). A nova fase do projeto World Mosquito Program Brasil (WMPBrasil) da Fiocruz em parceria com o Ministério da Saúde, será testado nos municípios de Campo Grande (MS), Belo Horizonte (BH) e Petrolina (PE). Para isso, o Ministério da Saúde vai destinar R$ 22 milhões. A metodologia é inovadora, autossustentável e complementar às demais ações de prevenção ao mosquito. Consiste na liberação do Aedes com o microrganismo Wolbachia na natureza, reduzindo sua capacidade de transmissão de doenças.

A última fase de teste, agora em cidades com mais de 1,5 mil habitantes, terá início no segundo semestre de 2019 e terá uma duração de cerca de três anos. O método é seguro para as pessoas e para o ambiente, pois a Wolbachia vive apenas dentro das células dos insetos. No caso do município de Belo Horizonte, o Ministério da Saúde apoiará a realização de Ensaio Clínico Randomizado Controlado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e apoio do National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID).

A medida é complementar e ajuda a proteger a região das doenças propagadas pelos mosquitos, uma vez que o Aedes aegypti com Wolbachia – que têm a capacidade reduzida de transmitir dengue, Zika, chikungunya – ao serem soltos na natureza, se reproduzem com os mosquitos de campo e geram Aedes aegypti com as mesmas características, tornando o método autossustentável. Esta iniciativa não usa qualquer tipo de modificação genética.

As liberações de mosquitos são precedidas por uma série de ações educativas e de comunicação, com o objetivo de informar a população sobre o método Wolbachia. Esta etapa tem o apoio e a participação de parceiros, como lideranças comunitárias e associações de moradores, unidades de saúde, escolas e organizações não-governamentais.

A Wolbachia é um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente no Aedes aegypti. Uma vez inserida artificialmente em ovos de Aedes aegypti, a capacidade do Aedes transmitir o vírus da zika, Chikungunya e Febre Amarela fica reduzida. Com a liberação de mosquitos com a Wolbachia, a tendência é que esses mosquitos se tornem predominantes e diminua o número de casos associado a essas doenças nos três municípios.

Acesse a notícia completa na página da Agência Saúde.

Fonte: Alexandre Penido, Agência Saúde. Imagem: Pixabay.

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