Notícia

Tecnologia pode substituir amostras invasivas de sangue em recém-nascidos

Fonte

Universidade de Strathclyde

Data

sexta-feira, 7 fevereiro 2020 17:40

Áreas

Biomedicina. Diagnóstico. Neonatologia.

Quando os bebês nascem prematuros ou doentes, há a necessidade de rastrear níveis de eletrólitos como glicose, lactato, sódio e potássio, pois o equilíbrio destas substâncias pode ser crítico. Atualmente, os níveis são medidos por exames de sangue, o que pode trazer riscos justamente quando os bebês na unidade de terapia intensiva neonatal já estão vulneráveis.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Strathclyde, no Reino Unido, está analisando se os níveis de glicose e lactato podem ser coletados com precisão a partir da pele. Um ensaio clínico está em andamento juntamente com a equipe médica da Unidade Neonatal do Hospital Real em Glasgow.

Se a técnica funcionar, ela será transferida para um futuro dispositivo médico na forma de um sensor vestível com conexão sem fio que possa ser adaptado ao bebê.

A professora Dra. Patricia Connolly, do Departamento de Engenharia Biomédica da Universidade de Strathclyde, explicou: “No momento, a química do sangue nos bebês é medida através da coleta de uma amostra de sangue a partir de uma picada no calcanhar ou através de um aceso venoso, que precisa ser realizada regularmente. Nossa tecnologia visa eliminar essa necessidade, porque muitas dessas moléculas e íons também passam pela pele. Em vez de realmente precisar tirar sangue, nosso teste está usando um adesivo para a pele, que coletará glicose e lactato. Com nossa pesquisa, pretendemos mostrar que o que podemos acessar pela pele pode ser calibrado para representar o que está no sangue”.

Dispositivos vestíveis

“Se os testes validarem a tecnologia, abre-se caminho para o uso de dispositivos portáteis vestíveis no monitoramento da saúde dos bebês através da pele, sem tirar sangue ou usar uma agulha. O sistema vestível também significaria que os pais não teriam o estresse de observarem a coleta de amostras de sangue dos seus bebês “, complementa a especialista.

A equipe de pesquisa está usando equipamentos de laboratório para realizar os testes, e o estudo já começou em um sistema miniaturizado que funcionaria sem fio.

A empresa de bioeletrônica Ohmedics Ltd, uma startup que começou na Universidade de Strathclyde e da qual a professora Patrícia Connolly também é CEO, levará adiante a comercialização da futura tecnologia.

O sensor deve funcionar extraindo as moléculas e os íons pela pele, detectando esse fluxo e usando o Bluetooth para enviar os níveis de eletrólitos para um dispositivo móvel.

O adesivo, que está sendo projetado para ser colocado na região do estômago do bebê, precisaria ser trocado a cada 24 horas, mediria em tempo real e levaria apenas 30 segundos para uma leitura.

Os dispositivos sem fio e vestíveis também facilitariam o acesso dos pais aos bebês fora da incubadora, o que também pode ajudar a saúde dos bebês.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Strathclyde (em inglês).

Fonte: Universidade de Strathclyde. Imagem: Divulgação.

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