Notícia
UEPG lança “estômago artificial” para pesquisas científicas
O equipamento permite diminuir o uso de animais em pesquisas com fármacos, mas também pode ser adaptado para outros tipos de pesquisas que necessitam de um ambiente que simule o trato digestório.
Aline Jasper, UEPG
Fonte
UEPG | Universidade Estadual de Ponta Grossa
Data
segunda-feira, 9 março 2020 11:30
Áreas
Estudos Clínicos. Farmacologia. Tecnologias.
Um novo dispositivo desenvolvido na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) simula o funcionamento do trato digestório e tem como um de seus principais benefícios a redução do uso de cobaias vivas em pesquisas científicas.
O equipamento permite diminuir o uso de animais em pesquisas com fármacos, mas também pode ser adaptado para outros tipos de pesquisas que necessitam de um ambiente que simule o trato digestório. “É extremamente versátil, porque pode fazer um exame pontual, ou seja, específico de uma determinada área do sistema digestório, como o estômago, intestino ou boca, e pode também fazer um exame sequencial, reavaliando ao passar do tempo, em até 72 horas, a ação de uma substância sobre esse sistema”, explicou o Dr.Amauri do Nascimento, que liderou o desenvolvimento.
“O projeto do estômago artificial não se restringe a um departamento ou área de conhecimento, mas une a universidade através da inovação”, enfatiza o professor Dr. Miguel Sanches Neto, reitor da UEPG. “Este projeto é simbólico, por mostrar a postura da universidade, em conexão direta com o setor produtivo e com os pesquisadores, com o objetivo de resolver um problema da sociedade, que é diminuir o sacrifício de animais durante os experimentos”, destaca o reitor.
A demanda por este equipamento surgiu em 2005, quanto o professor Amauri desenvolvia uma pesquisa na área de fármacos. Para atender à necessidade de testes e substituir cobaias vivas, foi criado um dispositivo improvisado, que chegou a 92% de reprodutibilidade. “O improviso se mostrou eficaz, diante das necessidades. Foi uma descoberta paralela, além da pesquisa principal”, conta o Dr. Amauri Nascimento. O dispositivo unifica protótipos desenvolvidos após esta primeira pesquisa, foi patenteado e registrado no INPI em 2015 e contou com a colaboração dos professores Dr. Benjamim de Melo Carvalho e Dr. Luís Antonio Pinheiro, do curso de Engenharia de Materiais da UEPG.
Dentre os benefícios do uso do dispositivo, estão a redução do uso de cobaias in vivo; diminuição da burocracia, do tempo de pesquisa e dos custos para os experimentos; aumento das produções científicas e da visibilidade científica brasileira, além do fomento do uso de tecnologia 100% nacional. O produto também deve contribuir para um sistema sustentável e ecologicamente correto, reduzindo o sofrimento animal e a poluição com o descarte de carcaças e incentivando o desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis.
Acesse a notícia completa na página da UEPG.
Fonte: Aline Jasper, UEPG. Imagem: Aline Jasper, UEPG.
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