Notícia
Um simples exame de sangue pode transformar o atendimento ao paciente com COVID-19
Exame de sangue ajuda a identificar pacientes com maior risco de morte
Pixabay
Fonte
Universidade de Dundee
Data
quarta-feira, 24 março 2021 08:20
Áreas
Biomedicina. Diagnóstico. Doenças Infecciosas. Saúde Pública.
O Dr. James Chalmers, professor da Escola de Medicina da Universidade de Dundee, no Reino Unido, recebeu £ 32.000 (cerca de R$ 240 mil) para desenvolver um teste para medir os níveis de calprotectina, um indicador potencial de mortalidade da COVID-19. O investimento foi possível graças a doações públicas para a própria Coronavirus Research Fundraising Campaign, criada em junho passado para ajudar a comunidade científica em suas pesquisas sobre a doença.
Embora vacinas tenham sido desenvolvidas e atualmente sejam administradas em todo o mundo, a pandemia continua a ceifar vidas. Um dos aspectos mais desafiadores para os profissionais de saúde no tratamento de pacientes com COVID-19 é prever a gravidade da doença, sem os biomarcadores atuais usados rotineiramente para ajudar a identificar pacientes em risco.
O professor Chalmers e sua equipe esperam desenvolver um teste que possa detectar o complexo antimicrobiano calprotectina, cuja liberação indica a presença potencialmente prejudicial de ‘armadilhas’ extracelulares de neutrófilos. Comumente conhecido como NETose, eles são cada vez mais reconhecidos como um fator na gravidade da doença experimentada por pacientes com COVID-19.
O professor Chalmers e sua equipe coletarão amostras de sangue de pacientes com COVID-19 e trabalharão com uma equipe clínica para determinar se um teste rápido que poderá ser realizado no “ponto de atendimento” é eficaz e confiável no reconhecimento de calprotectina, com potencial para dar paz de espírito aos pacientes e melhor tratamento.
“Estamos muito satisfeitos em receber este investimento, especialmente sabendo que este financiamento foi fornecido pelo apoio generoso de pessoas da sociedade”, disse o professor Chalmers. “Nossa equipe cuidou de centenas de pacientes hospitalizados com COVID-19 durante esta pandemia e um dos aspectos mais difíceis é que, embora a maioria das pessoas se recupere completamente, cerca de um quarto das pessoas internadas no hospital pioram e acabam necessitando de tratamento com mais medicamentos ou mesmo ventilação mecânica”, continuou o pesquisador.
“Graças à pesquisa realizada no ano passado, achamos que encontramos um exame de sangue simples que pode detectar quais pessoas terão COVID-19 grave, o que nos permitiria dar um tratamento melhor e mais rápido. Mas primeiro precisamos provar que funciona e que podemos fornecer resultados aos médicos com rapidez suficiente para fazer a diferença. Este estudo vai testar exatamente isso”, concluiu o pesquisador.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Dundee (em inglês).
Fonte: Jonathan Watson, Universidade de Dundee. Imagem: Pixabay.
Em suas publicações, o Canal Farma da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Canal Farma tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Canal Farma e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Farma, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Por favor, faça Login para comentar