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Nova tecnologia de vacina produz mais anticorpos contra o vírus SARS-CoV-2 em camundongos

Nova tecnologia de vacina é chamada de ‘híbrida’ porque combina recursos da tecnologia de mRNA usada pelas vacinas Pfizer e Moderna com recursos de vacinas baseadas em nanopartículas de proteína

NIAID/NIH via Wikimedia Commons

Fonte

Caltech | Instituto de Tecnologia da Califórnia

Data

quarta-feira, 26 julho 2023 18:10

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Biologia. Biomedicina. Bioquímica. Biotecnologia. Doenças Infecciosas. Engenharia Biológica. Entrega de Medicamentos. Farmacologia. Imunologia. Indústria Farmacêutica. Microbiologia. Nanotecnologia. Saúde Pública. Vacinas. Virologia.

Uma nova tecnologia desenvolvida no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, foi projetada para produzir vacinas mais potentes, começando com uma vacina contra o SARS-CoV-2 (o vírus que causa a COVID-19). Em estudos com camundongos, o protótipo da vacina provocou cinco vezes mais anticorpos do que as atuais vacinas contra a COVID-19. Os anticorpos produzidos pela nova vacina foram eficazes contra a cepa original de SARS-CoV-2, a variante delta e as variantes ômicron.

A nova tecnologia de vacina é chamada de ‘híbrida’ porque combina recursos da tecnologia de mRNA usada pelas vacinas Pfizer e Moderna com recursos de vacinas baseadas em nanopartículas de proteína, como a vacina Novavax. Além de auxiliar na luta contra a COVID-19, a tecnologia poderá um dia melhorar as vacinas para HIV, gripe e uma miríade de outros patógenos.

A pesquisa foi realizada no laboratório da Dra. Pamela Björkman, professora de Biologia e Engenharia Biológica do Caltech. O estudo foi liderado pelo Dr. Magnus Hoffmann, que recentemente recebeu o Prêmio de Independência do Diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos EUA para iniciar um laboratório independente no Merkin Institute for Translational Research do Caltech. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Cell.

“Para qualquer vacinação ou infecção, os níveis de anticorpos diminuem com o tempo. A vacina ideal produz uma resposta imune potente que provoca altos níveis de anticorpos que atenuam a infecção por múltiplas variantes de um vírus e respostas de células T citotóxicas, que matam células infectadas para proteger contra doenças graves e morte”, destacou a professora Pamela.

As vacinas ‘ensinam’ o sistema imunológico a reconhecer e combater um patógeno específico, mas existem várias maneiras de fazer isso. As vacinas atuais contra o SARS-CoV-2 ensinam o sistema imunológico a reconhecer a proteína spike do vírus – a proteína na superfície do vírus que permite que ele se conecte e entre nas células humanas – fornecendo ao corpo o material genético da proteína (seu mRNA) ou fragmentos da própria proteína. A nova vacina candidata é uma tecnologia híbrida que combina estratégias baseadas em mRNA e proteínas. Em estudos com camundongos, apenas duas imunizações foram necessárias para produzir níveis robustos de anticorpos contra variantes baseadas ômicron, contra três imunizações necessárias com as vacinas COVID-19 tradicionais.

“Durante uma infecção, o sistema imunológico encontra células infectadas e partículas virais livres. As atuais vacinas de mRNA imitam as células infectadas, enquanto as vacinas baseadas em nanopartículas de proteína imitam as partículas virais livres para estimular as respostas imunes. Nossa tecnologia híbrida faz as duas coisas”, explicou o Dr. Magnus Hoffmann, que recebeu um prêmio do Caltech por sua tese de doutorado sobre este trabalho.

“O Merkin Institute está focado em semear e acelerar a tradução das pesquisas dos laboratórios do Caltech. Como nosso primeiro ‘Merkin Fellow’, Magnus agora lidera um laboratório que avança no desenvolvimento desta tecnologia. É uma abordagem inovadora que se baseia no que se sabe sobre os mecanismos celulares existentes para fortalecer e adaptar com mais precisão as respostas imunes. A partir desse ponto de partida, Magnus e seu novo grupo de pesquisa podem esperar otimizar e estender a abordagem híbrida. Embora ainda haja muito a fazer, se tudo correr bem, eles finalmente realizarão a promessa de vacinas mais eficazes e duráveis para várias doenças humanas”, concluiu a Dra. Barbara Wold, professora de Biologia Molecular e diretora do Merkin Institute for Translational Research.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Instituto de Tecnologia da Califórnia (em inglês).

Fonte: Lori Dajose, Caltech. Imagem: microscopia eletrônica de varredura mostra vírus SARS-CoV-2 (arredondados, em dourado) emergindo da superfície de células cultivadas em laboratório. Fonte: NIAID/NIH via Wikimedia Commons.

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