Notícia

A segurança de profissionais de saúde no manuseio de medicamentos quimioterápicos

Fonte

Universidade de Minnesota

Data

terça-feira, 17 dezembro 2019 13:25

Áreas

Biomarcadores. Oncologia. Quimioterapia.

Os medicamentos quimioterápicos têm sido utilizados para tratar o câncer desde os anos 1950. Embora os medicamentos frequentemente salvem vidas dos pacientes com câncer, eles também estão ligados a problemas reprodutivos, câncer de mama e outros problemas de saúde na equipe médica que trabalha com os medicamentos. Para ajudar a proteger os profissionais de saúde, a Escola de Saúde Pública da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa para rastrear como os medicamentos quimioterápicos são manipulados nos hospitais e identificar as superfícies de trabalho que poderiam estar contaminadas por eles.

Os resultados da pesquisa, liderada pela professora Dra. Susan Arnold e pela estudante de doutorado Hannah Kaup, foram publicados na revista científica Journal of Occupational and Environmental Hygiene. A pesquisa tem o objetivo de reduzir a exposição da equipe médica a medicamentos quimioterápicos.

Os pesquisadores acompanharam como técnicos de farmácia e a equipe de enfermagem lidavam com os medicamentos em dois centros de infusão de quimioterapia. Um centro estava em um grande hospital urbano e o outro em uma clínica regional menor. Os pesquisadores escolheram as clínicas para incluir diferentes contextos e determinar se havia diferenças significativas entre a forma como cada um lidou com os medicamentos. Os pesquisadores se concentraram em identificar superfícies que são freqüentemente tocadas pela equipe que manipula drogas quimioterápicas, quanto tempo elas são tocadas e por quem.

A pesquisa revelou:

• cinco superfícies na farmácia e seis áreas de internação que tiveram o contato frequente dos profissionais enquanto trabalhavam com medicamentos quimioterápicos;
• uma lista de superfícies potencialmente contaminadas com drogas quimioterápicas que foram tocadas por pessoas que usavam e não usavam luvas;
• técnicos de farmácia foram mais consistentes em como eles executam suas tarefas de manipulação de drogas;
• enfermeiros tinham maior probabilidade de variar a forma como lidavam com os medicamentos quimioterápicos.

“Os enfermeiros trabalham com pessoas que estão doentes e estão focadas em prestar o melhor atendimento possível”, disse a Dra. Susan Arnold. “Eles têm muito o que acompanhar e é um ambiente ocupado e complicado. Além disso, os enfermeiros podem ter recebido diferentes tipos de treinamento de outros centros. Pode até haver regulamentos conflitantes para trabalhar com medicamentos e procedimentos. ”

Os pesquisadores disseram que, no geral, é importante entender a variabilidade na forma como os medicamentos quimioterápicos são manipulados, pois isso pode ajudar a identificar onde a equipe pode estar exposta aos produtos quimioterápicos. A compreensão da variabilidade também revela se as exposições são devidas a interações entre funcionários ou entre funcionários e pacientes, o que pode fornecer caminhos para melhorar o treinamento dos profissionais de saúde.

A Dra. Susan Arnold continua sua pesquisa sobre a exposição a medicamentos quimioterápicos em parceria com organizações de saúde para estudar mais o manuseio de medicamentos quimioterápicos, além de conceber e avaliar práticas e oferecer treinamento para ensinar funcionários a lidar com os produtos químicos de maneiras mais seguras. A especialista também está trabalhando na identificação de mudanças no corpo que sinalizem a exposição a medicamentos de quimioterapia, chamados biomarcadores, e na compreensão dos danos que ocorreram.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Minnesota (em inglês).

Fonte: Universidade de Minnesota. Imagem: Divulgação.

Em suas publicações, o Canal Farma da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Canal Farma tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.