Notícia

Novos avanços na liberação direcionada de medicamentos

Fonte

Universidade de Roma Sapienza

Data

sexta-feira, 3 janeiro 2020 14:05

Áreas

Entrega de Medicamentos. Nanotecnologia.

A administração de medicamentos por meio de sistemas nanotecnológicos de liberação de medicamentos permite obter vantagens em comparação às terapias convencionais, e nesse campo a administração localizada de medicamentos representa uma das oportunidades mais relevantes para a administração alternativa de medicamentos, especialmente para pacientes com doenças crônicas, sujeitos a doses maciças e contínuas de medicamentos, que podem sofrer os efeitos colaterais decorrentes do uso prolongado. Por esse motivo, estudar os mecanismos que favorecem a passagem direcionada de moléculas pela barreira endotelial que reveste os vasos sanguíneos é fundamental para reduzir os efeitos de toxicidade decorrentes da disseminação do medicamento no sistema circulatório e nos tecidos saudáveis ​​circundantes.

A equipe de pesquisadores liderada pelo Dr. Carlo Massimo Casciola, do Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial da Universidade de Roma Sapienza, em colaboração com pesquisadores do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Temple, nos Estados Unidos, desenvolveu um novo metodologia para induzir a abertura de junções intercelulares in vitro por meio de cavitação e medir os níveis de permeabilidade do endotélio, a fim de melhorar a eficácia dos medicamentos e limitar seu efeito no organismo. O estudo, publicado recentemente na revista científica Small, visa a validação de protocolos para aplicações in vivo de cavitação por ultrassom.

Graças aos recentes avanços no campo das micro e nanotecnologias, a equipe conseguiu recriar um vaso sanguíneo in vitro e, especificamente, uma membrana de células endoteliais capazes de atuar como uma barreira biológica, graças à correta formação de junções intercelulares. Os parâmetros fisiológicos do fluxo sanguíneo foram reproduzidos através de um dispositivo microfluídico, um vaso sanguíneo em um chip, que permitiu obter um endotélio artificial capaz de desempenhar corretamente a função de barreira.

Para induzir os efeitos mecânicos da cavitação no endotélio, micro-bolhas – tipicamente agentes de contraste por ultrassom – foram injetadas nos vasos sanguíneos e submetidas à ultrassonografia. Os efeitos da cavitação na viabilidade celular e na integridade das junções intercelulares foram então avaliados com imunofluorescência por microscopia confocal e por análise de imagem.

“Os resultados mostraram como as micro-bolhas amplificam o efeito do ultrassom, induzindo a abertura temporária das junções intercelulares das quais se segue a permeabilização da barreira endotelial. A abertura das articulações também se mostrou completamente reversível e, portanto, potencialmente segura para a integridade do endotélio “, explicou o Dr. Carlo Casciola.

A novidade da pesquisa reside na possibilidade de medir quantitativamente a abertura da barreira e em condições reprodutíveis. Isso oferece novas perspectivas de estudo para avaliar a permeabilização do endotélio em tecidos doentes, a fim de refinar o sistema de administração controlada de medicamentos.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia na página da Universidade de Roma Sapienza (em italiano).

Fonte: Universidade de Roma Sapienza. Imagem: Divulgação, Universidade de Roma Sapienza.

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