Notícia
Nova Insulina de ação ultra-rápida
Pesquisadores da Universidade Stanford testaram novo medicamento em porcos diabéticos e descobriram ação duas vezes mais rápida que a insulina tradicional
Getty Images
Fonte
Universidade Stanford
Data
sábado, 11 julho 2020 10:45
Áreas
Biotecnologia. Farmacologia. Metabolismo. Saúde Pública.
Pesquisadores da Universidade Stanford estão desenvolvendo uma nova formulação de insulina que começa a entrar em ação quase imediatamente após a injeção, potencialmente quatro vezes mais rápida que as formulações comerciais atuais de insulina de ação rápida.
Os pesquisadores se concentraram na chamada insulina monomérica, que possui uma estrutura molecular que, segundo a teoria, deve permitir que ela atue mais rapidamente do que outras formas de insulina. O problema é que a insulina monomérica é muito instável para uso prático. Assim, para permitir o potencial ultra-rápido dessa insulina, os pesquisadores se basearam em algumas “mágicas” da Ciência dos Materiais.
“As próprias moléculas de insulina são adequadas, então queríamos desenvolver um ‘pó de fada mágica’ que você adiciona e que ajudaria a resolver o problema de estabilidade”, disse o Dr. Eric Appel, professor assistente de ciência e engenharia de materiais em Stanford. “As pessoas geralmente se concentram nos agentes terapêuticos em uma formulação de medicamento mas, concentrando-se apenas nos aditivos de desempenho – partes que antes eram chamadas de ‘ingredientes inativos’ – podemos obter realmente grandes avanços na eficácia geral do medicamento”, explica o pesquisador.
Após a triagem e teste de uma grande biblioteca de polímeros aditivos, os pesquisadores descobriram um que poderia estabilizar a insulina monomérica por mais de 24 horas (em comparação, a insulina de ação rápida comercial permanece estável por seis a dez horas nas mesmas condições). Os pesquisadores confirmaram a ação ultra-rápida de sua formulação em porcos diabéticos. Seus resultados foram publicados na revista científica Science Translational Medicine. Agora, os pesquisadores estão realizando testes adicionais na esperança de qualificação para estudos clínicos em humanos.
Os pesquisadores planejam solicitar a aprovação da agência regulatória FDA para testar sua formulação de insulina em estudos clínicos com participantes humanos (embora estes estudos ainda não estejam planejados e ainda não estejam buscando participantes no momento). Os especialistas também estão considerando outros usos para o polímero, considerando o quão significativamente ele aumentou a estabilidade da insulina comercial.
Como a formulação de insulina é ativada rapidamente – e, portanto, com ação mais parecida com a da insulina em uma pessoa sem diabetes – os pesquisadores estão entusiasmados com a possibilidade de que isso possa ajudar no desenvolvimento de um pâncreas artificial, que funcionaria automaticamente sem a necessidade de intervenção do paciente.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Stanford (em inglês).
Fonte: Taylor Kubota, Universidade Stanford. Imagem: Getty Images.
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