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Pesquisa aponta eficácia da vacina contra febre amarela em portadores de doença autoimune
Um estudo realizado no Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam-UFES), em parceria com outras instituições, revela que, em condições controladas, a vacina para febre amarela usada nos postos de saúde do país foi eficaz e segura em portadores de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e o lúpus.
A afirmação é importante porque a maioria dos pacientes com esse tipo de enfermidade faz tratamento usando remédios que baixam a capacidade de defesa do organismo, os chamados imunossupressores. Como a vacina para a febre amarela usa uma forma atenuada do vírus, havia o temor de efeitos adversos graves, pois se o corpo tem menos condições de reagir a uma infecção, o vírus que é ‘atenuado’ para uma pessoa em condições normais pode ser mais poderoso para quem faz tratamento de doença autoimune.
Além disso, nunca houve dados específicos sobre como este grupo de pacientes treina as células de defesa do corpo quando recebe a vacina. Havia dúvida sobre se uma única dose era suficiente e quanto tempo era necessário para fazer efeito.
Para responder a estes questionamentos, a pesquisa foi feita com 278 voluntários do Serviço de Reumatologia do Hucam-UFES que tomaram a vacina entre os meses de março e julho de 2017. Na época, estava recente o surto de febre amarela que ocorreu na Região Sudeste, em dezembro de 2016, e que havia provocado uma corrida da população aos postos de saúde. O imunizante usado na pesquisa foi o mesmo aplicado pelo SUS, o 17DD-YF, fabricado pela Bio-Manguinhos, a unidade produtora de vacinas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Frontiers in Immunology.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da UFES.
Fonte: Duilo Victor, Unidade de Comunicação do Hucam-UFES.
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