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Falta de inovação em antibióticos abre espaço para superbactérias, alerta OMS

Fonte

ONU Brasil

Data

sábado. 17 abril 2021 15:20

O mundo ainda não está conseguindo desenvolver tratamentos antibacterianos necessários, apesar da crescente conscientização sobre a ameaça urgente da resistência aos antibióticos, de acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS revela que nenhum dos 43 antibióticos que estão atualmente em desenvolvimento clínico abordam suficientemente o problema da resistência das bactérias mais perigosas do mundo aos medicamentos.

Quase todos os novos antibióticos lançados no mercado nas últimas décadas são variações das classes de antibióticos descobertos na década de 1980.

O impacto da resistência antimicrobiana é mais grave em ambientes com recursos limitados e entre grupos vulneráveis, como recém-nascidos e crianças pequenas. Pneumonia bacteriana e infecções da corrente sanguínea estão entre as principais causas de mortalidade em crianças abaixo de 5 anos. Aproximadamente 30% dos recém nascidos com infecção no sangue morrem devido à resistência a vários antibióticos de primeira linha.

Descobertas do relatório

O relatório anual Antibacterial Pipeline da OMS analisa os antibióticos que estão nos estágios clínicos de teste, bem como aqueles em desenvolvimento inicial. O objetivo é avaliar o progresso e identificar lacunas em relação às ameaças urgentes de resistência aos medicamentos e encorajar ações para preencher essas lacunas.

O documento avalia o potencial dos antibióticos candidatos para lidar com as bactérias resistentes mais ameaçadoras, descritas na Lista de Patógenos Bacterianos Prioritários da OMS (WHO PPL). Essa lista, que inclui 13 bactérias resistentes a medicamentos prioritárias, tem informado e orientado áreas prioritárias para pesquisa e desenvolvimento desde sua primeira publicação, em 2017.

O relatório de 2020 revela uma linha de pesquisa quase estática, com apenas alguns antibióticos sendo aprovados por agências regulatórias nos últimos anos. A maioria desses agentes em desenvolvimento oferece benefício clínico limitado em relação aos tratamentos existentes. 82% dos antibióticos aprovados recentemente são derivados de classes de antibióticos existentes com resistência aos medicamentos bem estabelecida. Portanto, é esperado um rápido surgimento de novos agentes com resistência aos novos medicamentos.

A revisão conclui que “em geral, o trabalho de investigação clínica e os antibióticos aprovados recentemente são insuficientes para enfrentar o desafio do aumento da emergência e da disseminação da resistência antimicrobiana”.

Acesse a notícia completa na página das Nações Unidas Brasil.

Fonte: Nações Unidas Brasil.

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