Notícia

Começa em Liverpool o primeiro estudo clínico em humanos de novo medicamento contra elefantíase e oncocercose

Fonte

Universidade de Liverpool

Data

sexta-feira, 7 janeiro 2022 14:55

Áreas

Doenças Negligenciadas. Doenças Parasitárias. Estudo Clínico. Farmacologia.

A filariose linfática (elefantíase) e a oncocercose são doenças debilitantes, causados ​​por vermes parasitas, que afetam mais de 150 milhões de pessoas em todo o mundo. O medicamento específico (AWZ1066S) foi projetado para atingir a Wolbachia, um simbionte bacteriano essencial para a sobrevivência do verme, e não o próprio verme.

Originalmente desenvolvido através do consórcio A∙WOL apoiado pela Fundação Bill & Melinda Gates (BMGF), o trabalho atual é uma parceria liderada pela Escola de Medicina Tropical da Universidade de Liverpool (LSTM), no Reino Unido, ao lado do Departamento de Química da Universidade e da Eisai Co., e financiado por um subsídio do Fundo Global Health Innovative Technology (GHIT).

O AWZ1066S foi administrado ao primeiro participante inscrito em um Estudo Clínico de Fase I realizado no NIHR Royal Liverpool e Broadgreen Clinical Research Facility, com base no Liverpool University Hospitals NHS Foundation Trust, no último dia 21 de dezembro. O primeiro estudo em humanos ocorre após a conclusão de pré-testes clínicos de segurança e irá avaliar a segurança, tolerabilidade e farmacocinética do medicamento.

“Esta tem sido uma parceria extremamente empolgante e produtiva e é gratificante ver o primeiro candidato a medicamento projetado especificamente para FL e oncocercose chegar a este estágio após uma avaliação pré-clínica rigorosa”, disse o professor Dr. Stephen Ward, vice-diretor e líder do projeto da LSTM.

O professor Dr. Mark Taylor, diretor do consórcio A∙WOL, comentou: “Nossa abordagem para matar o verme parasita, visando as bactérias essenciais dentro do verme, é única e oferece muitas vantagens sobre as drogas que visam vermes diretamente e tem a possibilidade de reduzir o prazo de eliminação de décadas para anos: o AWZ1066 tem potencial real para ser uma virada de jogo”.

O medicamento candidato AWZ1066S também tem potencial para ser usado por toda a população, incluindo crianças e mulheres grávidas, proporcionando uma oportunidade única de dar uma grande contribuição às comunidades afetadas por essas doenças.

Este novo candidato a medicamento foi desenvolvido a partir de uma campanha de triagem seguida por várias rodadas de otimização química no Departamento de Química da Universidade.

O Dr. Paul O’Neill, professor da Universidade de Liverpool e que liderou este trabalho, disse: “Nossa abordagem de otimização química multiparâmetros forneceu uma molécula com alta potência e especificidade contra o patógeno alvo, juntamente com as exposições orais desejadas e perfil de segurança pré-clínico. Estamos todos entusiasmados em ver esta nova molécula sintética entrar em testes em humanos. ”

Com o envolvimento direto da Eisai Co., a parceria foi capaz de acelerar a velocidade com que o candidato a medicamento evoluiu de forma eficaz no processo de desenvolvimento. O resultado disso é que o candidato agora está pronto para iniciar em um primeiro teste em humanos.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Liverpool (em inglês).

Fonte: Universidade de Liverpool. Imagem: Divulgação, Universidade de Liverpool.

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