Notícia

Classificar cânceres por ‘arquétipos imunológicos’ pode oferecer uma nova abordagem para imunoterapias de precisão

Pesquisadores descobriram microambientes imunológicos comuns em diferentes tipos de câncer

NIH

Fonte

UCSF | Universidade da California em San Francisco

Data

sexta-feira, 7 janeiro 2022 14:25

Áreas

Imunologia. Medicina de Precisão. Oncologia.

Usando dados de mais de 300 pacientes com tumores, pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF) descreveram 12 classes de ‘arquétipos imunológicos’ para classificar os tumores cancerígenos. Suas descobertas, publicadas na revista científica Cell, revelam que os cânceres de diferentes partes do corpo são imunologicamente semelhantes entre si. Essas classificações fornecem estratégias exclusivas para melhorar a escolha de imunoterapias contra o câncer de cada paciente.

Os pesquisadores da UCSF, liderados pelo Dr. Alexis Combes, pelo Dr. Max Krummel e por Bushra Samad, obtiveram amostras de tumor da UCSF e pesquisaram 364 biópsias de tumores de pacientes e os categorizaram em grupos com base em seu microambiente imunológico. Suas descobertas oferecem uma nova maneira de olhar para a imunoterapia do câncer que combina com o ambiente imunológico ao redor do tumor e aponta o caminho para imunoterapias personalizadas.

“Esta é uma nova estrutura de como olhar os pacientes com câncer”, disse o Dr. Alexis Combes, diretor do D2B CoLab e professor do Departamento de Patologia da UCSF. “Este trabalho ajudará os médicos a encontrar a biologia certa para almejar e evitar alvejar células que não estão presentes no tumor”, completou o pesquisador.

A imunoterapia para o tratamento do câncer aproveita o sistema imunológico do corpo para lutar contra o câncer. É uma grande promessa desde que foi desenvolvida pela primeira vez como uma terapia biológica usada para tratar uma variedade de cânceres. Embora tenha se mostrado bem-sucedida para alguns pacientes, a imunoterapia não funciona para todos os pacientes.

“Fomos movidos por esta questão de por que as imunoterapias funcionam para algumas pessoas e não para outras”, disse o Dr. Max Krummel, chefe do Laboratório Krummel da UCSF. “É mais complexo do que respondentes e não respondentes. Nosso objetivo era discernir quantas respostas existem para essas terapias direcionadas”.

Tumores possuem microambientes

Os tumores são mais do que células fora de controle. Eles também estão cheios de células do sistema imunológico que supostamente matam as células cancerosas. Mas, no câncer, as células malignas são capazes de superar a resposta imunológica do corpo e continuar a se multiplicar.

A equipe de pesquisa descobriu que uma variedade de cânceres vêm em formas prescritas, cada uma das quais representa uma subversão única das defesas imunológicas do corpo. Os pesquisadores caracterizaram diferentes microambientes nos tumores, observando quais células do sistema imunológico estavam presentes e quais genes eram expressos. “Pudemos ver que os tumores e seus ambientes trocam informações”, disse o Dr. Combes.

A equipe de pesquisa conseguiu agrupar os tumores em 12 grupos, que eles chamaram de ‘arquétipos’. Para sua surpresa, os tumores continham uma ampla gama de células do sistema imunológico, como macrófagos, células NK e B – além das células T que são o foco das imunoterapias atuais.

A pesquisa indica que o arquétipo imunológico de um tumor não está necessariamente ligado a um tipo de câncer. Alguns arquétipos são em grande parte extraídos de apenas alguns tipos de câncer. Outros se baseiam em muitos. Isso significa que alguns melanomas são bastante semelhantes a alguns tumores de pulmão, mas biologicamente mais diferentes do que outros melanomas.

“A interrogação imparcial de várias fontes de dados, incluindo sequenciamento genético, marcadores de superfície celular, imagens e dados clínicos de pacientes, estabeleceu a base sobre a qual fomos capazes de identificar e descrever esses arquétipos imunológicos”, disse Bushra Samad.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da UCSF (em inglês).

Fonte: Robin Marks e Melinda Krigel, UCSF. Imagem: Visualização microscópica de uma célula T humana. Fonte: Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH).

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