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Rinite alérgica não controlada afeta desempenho acadêmico de jovens
Um estudo desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), em Portugal, concluiu que não controlar os sintomas de rinite alérgica está associado a um impacto negativo no desempenho acadêmico em jovens entre 13 e 29 anos.
Os Pesquisadores estimaram o impacto do controle da rinite alérgica no desempenho acadêmico diário reportado por cada paciente, bem como a perda semanal de horas de estudo ou de atividades escolares devido à doença alérgica.
A investigação avaliou cerca de dois mil pacientes oriundos de 27 países, através dos registos efetuados por cada indivíduo em um aplicativo de monitorização da rinite alérgica e asma (MASK-air).
Uma das principais conclusões mostrou que os sintomas nasais foram o principal conjunto de sintomas associados ao comprometimento do desempenho acadêmico.
“Este estudo reforça, sobretudo, a importância que um bom controle da rinite representa para os estudantes, bem como a necessidade de informar melhor os pacientes sobre os tratamentos disponíveis mais eficazes para combater os sintomas”, destacou o Dr. Bernardo Sousa-Pinto, professor da FMUP e pesquisador do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS).
Qualidade de vida afetada
De acordo com a pesquisa publicada na revista científica Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice, mais de um terço dos participantes perdeu, pelo menos, uma hora por semana de estudo ou de atividades escolares devido à doença alérgica.
“Verificamos que, em quase metade dos dias analisados, era reportado um impacto moderado ou alto dos sintomas da rinite alérgica no desempenho escolar”, revelaram os autores. Por outro lado, os dados sugerem que a imunoterapia está associada a um menor impacto dos sintomas de rinite no desempenho acadêmico diário.
Segundo dados recentes, a rinite alérgica atinge mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, podendo afetar até um terço da população entre os 13 e os 14 anos de idade.
Os seus reconhecidos sintomas, como espirros, nariz entupido e corrimento nasal, “afetam não só a qualidade de vida, como também prejudicam o desempenho profissional e acadêmico dos pacientes”, destacou Rafael José Vieira, pesquisador do CINTESIS, doutorando da FMUP e coautor do estudo.
O Dr. Álvaro da Cruz Filho, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) também é coautor do estudo.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.
Fonte: Daniel Dias, FMUP.
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