Notícia

Acesso global a medicamentos essenciais contra o câncer é desigual

Fonte

King’s College de Londres

Data

terça-feira, 28 setembro 2021 10:45

Áreas

Farmácia Clínica. Oncologia. Saúde Pública.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualiza e divulga uma Lista de Medicamentos Essenciais (LME) a cada dois anos desde 1977. Essa lista ajuda os legisladores em todo o mundo a priorizar quais medicamentos fornecer aos pacientes.

O professor Dr. Richard Sullivan, do grupo de pesquisa em Oncologia Gobal e diretor do Instituto de Política do Câncer do King’s College de Londres, no Reino Unido, e uma equipe internacional de pesquisadores entrevistaram 948 médicos especialistas em oncologia de primeira linha de 82 países para saber quais medicamentos contra o câncer eles consideravam os mais importantes para o atendimento ao paciente.

A equipe de pesquisa descobriu que os medicamentos mais importantes identificados pelos oncologistas são principalmente quimioterapia e medicamentos hormonais mais antigos e baratos. Com uma exceção, todos os 20 principais medicamentos contra o câncer de alta prioridade já estão incluídos no EML. Os oncologistas consideram esses medicamentos os mais importantes porque apresentam grandes benefícios para os pacientes com muitos tipos de câncer comuns.

Entre 15 e 20 medicamentos são comuns a todas as três listas dos 20 principais, no entanto, embora a lista para países de baixa e média-baixa renda não inclua quaisquer agentes de imunoterapia e a única terapia hormonal listada seja o tamoxifeno, as listas para países de alta e média-alta renda incluem os mais novos tratamentos hormonais.

O documento também relata que, na maioria dos sistemas de saúde, os pacientes não podem pagar nem mesmo esses medicamentos básicos para o câncer. Em países de renda média e baixa, a maioria dos pacientes enfrenta grandes barreiras financeiras para acessar medicamentos anticâncer – até mesmo medicamentos de quimioterapia mais antigos, genéricos e baratos. Barreiras financeiras também existem em muitos países de alta renda.

“A principal razão pela qual os medicamentos não estão disponíveis para os pacientes é porque eles não são acessíveis. Isso é trágico, visto que a maioria desses medicamentos são medicamentos genéricos mais antigos e oferecem grandes benefícios aos pacientes. Esses problemas são mais prementes em países de média-baixa e média-alta renda, onde as taxas de câncer estão aumentando mais rapidamente. Há uma necessidade urgente de ação política global e nacional para garantir que os pacientes com câncer em todo o mundo tenham acesso a medicamentos eficazes de alta prioridade a preços acessíveis”, concluiu o Dr. Richard Sullivan.

Acesse a notícia completa na página do King’s College de Londres (em inglês).

Fonte: King’s College de Londres. Imagem: Ivan Samkov via Pexels.

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