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Betabloqueadores reduzem ritmo cardíaco irregular induzido pelo estresse

Estratégia poderia potencialmente melhorar a qualidade de vida de pessoas com a doença

Shutterstock

Fonte

Universidade de Yale

Data

quarta-feira, 5 junho 2019 12:25

Áreas

Cardiologia. Farmacologia.

Betabloqueadores- medicamentos que reduzem a pressão arterial e tratam muitas doenças cardíacas – podem atenuar os efeitos negativos do estresse e da raiva em pessoas com histórico de fibrilação atrial ou ritmo cardíaco irregular, afirmam cientistas da Universidade Yale, nos Estados Unidos. Esta estratégia poderia potencialmente melhorar a qualidade de vida de pessoas com a doença.

Na fibrilação atrial, a frequência cardíaca irregular e rápida aumenta o risco de acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e outras complicações. Não há cura para a fibrilação atrial e, embora os medicamentos e procedimentos muitas vezes possam ajudar, nem sempre são bem-sucedidos.

Em um estudo anterior, a professora Dra. Rachel Lampert e seus colegas descobriram que a raiva e o estresse estavam ligados a episódios de fibrilação atrial em indivíduos com histórico da doença. Para o novo estudo, a equipe de pesquisa investigou se os betabloqueadores poderiam minimizar o impacto das emoções negativas sobre o ritmo cardíaco.

Os pesquisadores tiveram pacientes com histórico de fibrilação atrial usando um diário eletrônico para registrar suas emoções antes de um episódio. Os pacientes também usaram monitores portáteis para registrar seu ritmo cardíaco. Além disso, a equipe de pesquisa rastreou os ritmos cardíacos dos participantes com dispositivos de monitoramento cardíaco vestíveis. Durante um período de um ano, os pacientes que tomavam betabloqueadores foram comparados com pacientes que não tomavam a medicação.

A equipe de pesquisa concluiu que, embora a raiva ou o estresse possam desencadear a fibrilação atrial, os betabloqueadores reduziram bastante essa resposta. “Descobrimos que o uso de betabloqueadores bloqueia os efeitos negativos das emoções”, disse a Dra. Lampert. “Para aqueles que tomam a medicação, a experiência de raiva ou estresse foi muito menos provável de ser seguida por fibrilação atrialb.”

Para pacientes que não tomam medicamentos betabloqueadores, o estresse ou a raiva aumentam muito as chances de ter um episódio de fibrilação atrial. Embora o estresse e a raiva ainda tivessem um efeito sobre aqueles que tomavam betabloqueadores, o efeito era muito menor. Os pesquisadores também descobriram que certos tipos de betabloqueadores eram mais eficazes que outros.

Embora não se saiba de forma definitiva porque os betabloqueadores têm este efeito, o estudo sugere novas abordagens possíveis para abordar a fibrilação atrial. “O manejo dos sintomas da fibrilação atrial é imperativo para a qualidade de vida”, disse a Dra. Lampert. “Confirmar o impacto da emoção na arritmia, e ver que os betabloqueadores podem diminuir isso, pode apontar o caminho para outras terapias”, conclui a pesquisadora.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica HeartRhythm.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia na página da Universidade Yale (em inglês).

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