Notícia

Biotecnologia pode ajudar contra a demência

Células de levedura ativas podem ser um modelo mais adequado para estudos sobre a demência

Divulgação, Universidade Tecnológica de Delft

Fonte

Universidade Tecnológica de Delft

Data

sexta-feira, 19 julho 2019 11:10

Áreas

Biotecnologia. Neurociências.

À medida que a expectativa de vida aumenta, mais e mais pessoas são confrontadas com diferentes tipos de demência, como a doença de Alzheimer. Como essas doenças cerebrais surgem e se desenvolvem ainda não está claro, o que dificulta a busca por um tratamento efetivo.

O Dr. Mark Bisschops, da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Tecnológica de Delft, nos Países Baixos, desenvolveu um método de pesquisa único que pode levar a um avanço no tratamento da demência. O pesquisador usa células de levedura especialmente cultivadas como modelo para células cerebrais humanas.

Pesquisa utilizando animais de laboratório

Pessoas com demência só experimentam os sintomas quando a doença já é irreversível. Nesse momento, grandes mudanças já ocorreram no cérebro, que muitas vezes só podem ser avaliadas com precisão após a morte. Para prevenir essas doenças ou bloquear sua progressão, é necessário que saibamos como elas surgem e se desenvolvem. Atualmente, a pesquisa é feita principalmente com animais de laboratório. Porém, este método tem desvantagens. Existem objeções éticas, numerosas limitações genéticas e isso consome tempo.

Células de levedura como alternativa

A levedura, um microrganismo que é usado para assar pão ou fazer cerveja, oferece uma alternativa. As células de levedura têm muito em comum com as células humanas. Por exemplo, as células de levedura também têm um núcleo no qual o DNA é armazenado e também possuem “fábricas” de energia mitocondrial. Por outro lado, as leveduras são unicelulares, o que as torna muito mais fáceis de cultivar e estudar.

Método único em Delft

O desafio de usar células de levedura para a pesquisa do cérebro é que sua “condição” ainda se desvia das células cerebrais humanas. O Dr. Mark Bisschops explica: “Os pesquisadores agora usam células em divisão – e, portanto, em crescimento – ou usam células de levedura inativas. No entanto, as células cerebrais estão ativas, mas dificilmente crescem mais. Na Universidade Tecnológica de Delft desenvolvemos um método único para levar a levedura a um estado ativo, sem divisão. A levedura é semelhante às nossas células cerebrais e, portanto, é um modelo mais adequado para a pesquisa sobre demência”.

A pesquisa do Dr. Bisschops está apenas começando. O próximo passo é adquirir novo equipamento de análise. Esse equipamento pode ajudar a demonstrar o funcionamento das células de levedura especialmente cultivadas como um modelo melhorado para células cerebrais e, como tal, recursos adicionais podem ser buscados para expandir este projeto promissor.

Acesse a notícia na página da Universidade Tecnológica de Delft (em inglês).

Fonte: Universidade Tecnológica de Delft. Imagem: Divulgação, Universidade Tecnológica de Delft.

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