Notícia

Cientistas montam laboratório robótico de testes para a COVID-19

Laboratório nos Estados Unidos realizará em breve 1.000 testes diários, com a capacidade de acelerar até 3.000 testes por dia, se necessário

Max & Jules Photography e Universidade da Califórnia em Berkeley

Fonte

Universidade da Califórnia em Berkeley

Data

segunda-feira, 6 abril 2020 15:25

Áreas

Diagnóstico. Genômica. Saúde Pública.

Enquanto médicos lutam para diagnosticar casos de COVID-19, cientistas do Instituto de Genômica Inovadora (IGI) da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, estão criando um laboratório de diagnóstico com capacidade para processar mais de 1.000 amostras de pacientes por dia.

O laboratório, resultado do esforço de uma equipe voluntária única de parceiros acadêmicos e corporativos, fornecerá a capacidade de teste desesperadamente necessária em Berkeley para aqueles com sintomas de COVID-19 e também ajudará as autoridades de saúde pública a avaliarem a extensão da epidemia.

“A equipe da Universidade da California em Berkeley está correndo para resolver essa situação crítica de saúde pública, estabelecendo um laboratório de testes que terá impacto imediato na comunidade, além de gerar dados que contribuem para entender a propagação do vírus SARS-CoV-2”, disse a Dra. Jennifer Doudna, professora de Biologia Celular e Molecular e de Química e diretora executiva do IGI.

Graças à modificação emergencial das regulamentações estaduais e federais e ao estado declarado de emergência da Califórnia, o IGI pôde estabelecer parceria com médicos da universidade e empresas locais e nacionais para trazer o equipamento robótico e analítico necessário, estabelecer um pipeline seguro e robusto para a entrada e o processamento de amostras clínicas, obter as aprovações regulatórias necessárias e treinar uma equipe de cientistas altamente qualificados acostumados a realizar pesquisas fundamentais para analisar amostras de pacientes com uma meta de resposta rápida de menos de 24 horas.

Os cientistas – mais de 50 voluntários da Universidade da Califórnia em Berkeley e em San Francisco e de empresas locais de gerenciamento de dados – planejam testar suas primeiras amostras virais reais ainda esta semana e buscar a certificação sob o programa CLIA (Clinical Laboratory Improvement Amendments) até a próxima semana.

Enquanto o laboratório de testes se concentrará inicialmente em amostras de estudantes e de outros membros da comunidade da Universidade da Califórnia em Berkeley, a equipe já está coordenando centros médicos em East Bay para, eventualmente, oferecer uma resposta rápida para atender às suas necessidades de diagnóstico.

“Mobilizamos uma equipe de cientistas acadêmicos, em parceria com especialistas de empresas e reunimos, em questão de poucos dias, um grupo que opera como uma empresa de biotecnologia. É realmente uma história notável ”, disse a Dra. Jennifer Doudna, que também é pesquisadora do Instituto Médico Howard Hughes.

O laboratório executará os testes com base em um processo aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), mas com maior produtividade do que muitos laboratórios comerciais, alguns dos quais ainda precisam executar amostras manualmente, uma de cada vez. As máquinas de alto rendimento, algumas provenientes de laboratórios de pesquisa do campus, podem testar mais de 300 amostras de uma vez e fornecer o resultado do diagnóstico em menos de quatro horas após o recebimento dos materiais. Usando robótica e um processo simplificado, o laboratório  IGI realizará em breve 1.000 testes diários, com a capacidade de acelerar até 3.000 testes por dia, se necessário.

Acesse a notícia completa na página da Universidade da Califórnia em Berkeley (em inglês).

Fonte: Robert Sanders, Universidade da Califórnia em Berkeley. Imagem: Pesquisadores Dra. Jenny Hamilton e Dr. Enrique Lin Shiao com um robô automatizado de manipulação de líquidos (Hamilton STARlet), que será usado para analisar amostras para diagnosticar COVID-19. FOnte: Max & Jules Photography e Universidade da Califórnia em Berkeley.

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