Notícia
Deficiência de vitamina D durante a gravidez pode estar ligada a maior risco de TDAH
O estudo incluiu 1.067 crianças nascidas na Finlândia com diagnóstico de TDAH e o mesmo número de controles
Pixabay
Fonte
Universidade de Turku
Data
sábado, 22 fevereiro 2020 10:35
Áreas
Suplementos. Saúde da Mulher.
De acordo com um estudo realizado na Finlândia, o risco de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é 34% maior em crianças cuja mãe apresentava deficiência de vitamina D durante a gravidez do que naquelas em que o nível de vitamina D da mãe era suficiente durante o primeiro e o segundo trimestre. O resultado foi ajustado para idade materna, status socioeconômico e histórico psiquiátrico. O estudo foi realizado em colaboração entre pesquisadores da Universidade de Turku, na Finlândia, e da Universidade Columbia, nos Estados Unidos.
“Ao lado do genótipo, fatores pré-natais, como a deficiência de vitamina D durante a gravidez, podem influenciar o desenvolvimento do TDAH”, diz Minna Sucksdorff, doutoranda da Universidade de Turku.
O estudo é a primeira pesquisa em nível populacional a demonstrar uma associação entre o baixo nível materno de vitamina D no início e o meio da gravidez e um risco elevado para o TDAH.
O estudo incluiu 1.067 crianças nascidas entre 1998 e 1999 com diagnóstico de TDAH na Finlândia e o mesmo número de controles. Os dados foram coletados antes da recomendação nacional atual na Finlândia para a ingestão de vitamina D durante a gravidez, que é de 10 microgramas por dia ao longo do ano.
Deficiência de vitamina D ainda é um problema
O pesquisador principal, professor Dr. Andre Sourander, afirma que, apesar das recomendações, a deficiência de vitamina D ainda é um problema global. Na Finlândia, por exemplo, a ingestão de vitamina D pelas mães entre vários grupos de imigrantes não está em um nível suficiente.
“Esta pesquisa oferece fortes evidências de que um baixo nível de vitamina D durante a gravidez está relacionado [ao risco de] deficiência de atenção nos filhos. Como o TDAH é uma das doenças crônicas mais comuns em crianças, os resultados da pesquisa têm um grande significado para a saúde pública”, ressalta o professor Sourander.
O estudo faz parte de uma pesquisa maior que visa descobrir as conexões entre a saúde da mãe durante a gravidez e o TDAH nos filhos. O objetivo é produzir informações para o desenvolvimento de tratamentos preventivos e medidas para identificar crianças com risco de TDAH.
No estudo, os pesquisadores usaram a Coorte de Maternidade Finlandesa (FMC) excepcionalmente abrangente, que consiste em aproximadamente 2 milhões de amostras de soro coletadas durante o primeiro e o segundo trimestre da gravidez.
Os resultados da pesquisa foram publicados recentemente na revista científica Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Turku (em inglês).
Fonte: Universidade de Turku. Imagem: Pixabay.
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